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60.1 Gênero, políticas e feminilidades

Coordenador@s: Fernanda Gil Lozano (Historiadora, Diputada de la Nación Argentina), Silvia Mabel Novoa Zieseniss (Facultad de Humanidades- Universidad Nacional del Nordeste)
La proyección de las mujeres americanas, en sus historias nacionales, nos permite entrever las dificultades que debieron sortear para lograr un espacio de significación política. Allí es donde el genero se une a manifestaciones culturales, sociales, a la raza y el color,etc, como parte de ese imaginario colectivo que estableció posiciones de negación política .

El mosaico cultural americano aseguró a las mujeres espacios diversos donde su visualización presentó asimetrías, tensiones y enfrentamientos,

La masculinización de la sociedad las ubicó en una posición de proyección especular perdiendo sus rasgos identitarios para convertirla en la parte oscura e ignorada de la historia

América, como espacio político, se realizó a través de procesos donde se instalaron la anulación del otro, la discriminación y el predominio racial. Las luchas internas por estructurar el cambio, las revoluciones, encontraron a las mujeres siendo activas responsables de un acompañamiento constante y efectivo, pero pocas veces reconocido o , simplemente, admitido

El objetivo de esta mesa temática es crear un espacio de reflexión y de estudio sobre la lucha de las mujeres por la apropiación de estos espacios, en diferentes momentos de nuestras historias nacionales y americanas, en democracias y en dictaduras. Así enmarcaron el “femenino-aceptable” políticamente para lograr imponer , incluso, la figura de las posibles marginalidades que siempre configuran su anulación.

Local: Sala 608 do CED

Resumos


25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Carolina Barbosa Lima e Santos (UFMS)
    A representação do feminino nas obras de António Lobo Antunes
    Em "O esplendor de Portugal" e em "A ordem natural das coisas", António Lobo Antunes reescreve e desconstrói a historiografia eurocêntrica, na qual se incorporam um panteão de heróis nobres e ignóbeis para dar lugar a uma história que é, em suas palavras, um cortejo de selvagerias, marcada pela violência e pela miséria. Antunes apresenta-nos cenários apocalípticos sob as perspectivas dos testemunhos de suas personagens, escritos numa linguagem fragmentada e polifônica. Em meio ao universo de horror dos testemunhos, sentimentos como o sofrimento, o medo, o ódio, a solidão e a culpa são intensificados nas vozes femininas. Tratarei neste trabalho da análise destes ambientes habitados pela morte e pela degradação física, psíquica e moral humana, a partir das experiências traumáticas e representações do feminino nas narrativas de Lobo Antunes, baseando-me, para isso, em Estudos Literários e Estudos Culturais.

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  • Beatriz Staimbach Albino (UFSC), Alexandre Fernandez Vaz
    Normalizações do corpo feminino: sobre a pedagogia do bem-estar na revista Boa Forma
    O trabalho trata de alguns lugares do discurso do lazer na revista Boa Forma, tomando como objeto as prescrições de bem-estar em sua configuração com o discurso sobre embelezamento. Analisou-se a seção específica e reportagens que têm o bem-estar como tema e, de modo complementar, também a capa e os editoriais da revista. O recorte temporal compreende as edições de 2005 a 2007, e as de set./fev. dos anos de 2001 a 2004. Tendo como principal referência teórica o pensamento de Theodor W. Adorno, os resultados apontam para: 1. uma constante interface entre embelezamento, bem-estar e entretenimento que tendo o corpo como objeto de investimento transforma-o em mercadoria; 2. a presença de promessas que se repetem, mas não são cumpridas, de reconciliação com a natureza, tanto por meio do incentivo ao resgate de uma beleza que seria inata, como um “dom”, quanto por um investimento no aparato “espiritual” que se vale de técnicas de auto-ajuda. Ao final, ressalta-se o caráter de obrigatoriedade e de instrumentalização do ideário do bem-estar para normalização dos corpos e das condutas femininas.
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  • Caetana de Andrade Martins Pereira (UnB)
    A revista Jornal das Moças e a construção da feminilidade em 1960
    O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise da construção da feminilidade na revista carioca Jornal das Moças, particularmente nos exemplares publicados no ano de 1960. Entendendo esta revista como um importante veículo de produção e reiteração de subjetividades femininas, pretendo buscar em fotografias e notas indícios de que mulheres são estas mostradas em suas páginas, e como estes discursos atuariam como produtores de significados relativos a este "ser mulher". Me interessa aqui questionar sistemas de valores que engendram indivíduos através de relações hierárquicas de poder, normatizando e docilizando corpos. Este trabalho é fruto da pesquisa que venho desenvolvendo para o mestrado na área de Estudos Feministas e de Gênero, no Programa de Pós-Graduação em História da UnB - Universidade de Brasília.

26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Larissa Guimarães Martins Abrão (UEMG - Ituiutaba / Uniminas), Maria Helena Fávero (UnB)
    “Meu pai tem 20 anos de política!”: estórias de vida de mulheres políticas e a permanência do patriarcado
    Tomando a tese de que há uma interação dialética entre o ser humano e a sócio-cultura e evidenciando a importância do gênero nessa interação, temos procurado fundamentar a articulação entre desenvolvimento, conhecimento e gênero, defendendo a compatibilidade de tal articulação com a perspectiva feminista (FÁVERO, 2009). Nessa esteira, desenvolvemos pesquisa buscando discutir os caminhos subjetivos percorridos por mulheres que compartilham espaços onde se concentra o poder decisório, aqui representado pelo universo da política corporativa (ARAÚJO, 2005). O estudo foi realizado com 05 mulheres, participantes como candidatas a cargos eletivos. Enfatizou-se a análise psicológica das estórias de vida destas mulheres, usando a entrevista como instrumento (ZILBER, TUVAL-MASHIACH e LIEBLICH, 2008; FÁVERO, 2009). Nota-se que o contexto em que estas mulheres constituíram-se como sujeitos foi marcado pela presença de princípios patriarcais, o que aparece no modo como elas entendem a divisão dos papéis de gênero e as características de sua atuação política. As narrativas também apontaram um percurso de vida crivado pela conformidade aos padrões estabelecidos, mostrando que ao ocupar espaços políticos as entrevistadas desempenham um papel “naturalmente” coadjuvante ou subjugado.
  • Claudia de Faria Barbosa (UCSal), Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti (UCSal / Universidad de Coimbra)
    Um olhar sobre a trajetória das prefeitas baianas: entraves e avanços
    Este texto objetivou oferecer uma breve panorâmica da trajetória política e de vida das prefeitas do Estado da Bahia, estabelecendo algumas pontes com as teorias feministas e de gênero. Durante o processo de pesquisa, foram realizadas entrevistas com prefeitas eleitas no período 2004-2008, no intuito de conhecer suas histórias, as dificuldades e os desafios com que se depararam no sistema político local. O estudo parte da premissa de que o caminho percorrido por uma mulher, quando resolve dedicar-se à carreira política, perpassa por entraves devido às questões histórico-culturais relacionadas aos papéis de gênero numa sociedade marcada por fortes relações patriarcais. O texto apresenta uma discussão teórica e alguns dos conceitos chaves em termos de sociologia das relações de gênero, bem como um mapa comparativo da evolução das mulheres no poder público local baiano. A análise do discurso das prefeitas parte de três eixos centrais de discussão: a) a inserção na política; b) os entraves e as conquistas e c) a conciliação entre família e política. Por fim, foram observados fragmentos de experiências vividas pelas prefeitas em algum momento de suas vidas, cercadas de estereótipos e de relações de poder.
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  • Maria de Lourdes Silva (UEMS / UFSCar)
    Práticas sociais e processos educativos: a liderança da mulher negra em Campo Grande, Mato Grosso do Sul
    Resumo – Estes escritos apresentam elementos da pesquisa em andamento intitulada “Professoras Negras no Contexto da Educação Superior em Campo Grande-MS”, realizada no PPGE/UFSCar/SP. O esforço empreendido nessa exposição tem como objetivo a abordagem da realidade acerca das práticas sociais desenvolvidas por uma mulher negra em um ambiente não escolar, em Campo Grande/MS, e dos processos educativos desencadeados nas relações vividas por ela. A concepção deste estudo baseou-se nas leituras de Dussel (1997), Freire (1992) e Fiori (1986) afastando da cosmovisão de ciência como privilégio dos grupos hegemônicos e de visão européia, branca e macha. A metodologia aproximou-se da perspectiva qualitativa, utilizando-se da observação, revisão de literatura e de fatos percebidos e vividos pelas envolvidas no estudo. Nesse processo, constatou-se que as práticas sociais de mulheres negras necessitam ser reconhecidas e qualificadas academicamente, considerando que comungam uma história de abandono, mas experimentam, também, significativas resistências à marginalização, à desqualificação e à exclusão, formatando um projeto político para realizar as transformações necessárias em nossa sociedade.
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  • Luciene Fontão (UFSC)
    Entrelinhas: discurso, mulher e poder
    O Poder, atributo do homem desde a Antiguidade Clássica, hoje é cada vez mais objeto de cobiça da Mulher. Nesta luta de gêneros que se entrecruzam, os discursos apresentam marcas que podem ou não identificar o gênero que o proferiu. Na ânsia pelo poder político, a mulher constrói um discurso que se apresenta pouco “feminino”, na acepção da palavra em sentido clássico. O desejo de poder, então, configura-se como meta na atividade social contemporânea, na medida em que os espaços institucionais vão sendo ocupados pela mulher. O presente artigo traz exemplos da fala de mulheres no poder e suas características, mostrando as marcas nas linhas e entrelinhas do discurso.
  • Ednéa Aparecida da Silva Boso (UNESP)
    A interface literatura/cinema em Vozes do Deserto de Nélida Piñon
    O presente trabalho visa analisar como a interface literatura/cinema corrobora na repercussão do universo das relações de gênero, em especial, o feminismo emergente. O intuito é refletir as vias de acesso que se abriram ao retomar uma das personagens mais conhecida e mítica da história da Literatura Universal chamada Scherezade, no romance Vozes do Deserto (2004) de Nélida Piñon. Assim, ao perscrutar a trajetória desta heroína, buscar-se-á estabelecer um contraponto com a adaptação fílmica de “As Mil e Umas Noites” – Arabian Nights escrita pelo inglês Peter Barnes, dirigida por Steve Barron e produzida pela Babelsberg International Film Produktion. Apesar de serem linguagens distintas, evidenciar-se-á os episódios mais significativos transpostos da linguagem literária para a cinematográfica (momentos de convergência e divergência) ao trazer à tona a condição feminina em um sistema hegemônico, coersivo e patriarcal que legitima as situações de poder, submissão, opressão e violência em relação às mulheres. Portanto, este trabalho é um convite para que se conheça a contribuição da escritora Nélida Piñon à luz da evolução contemporânea ao demarcar um espaço privilegiado da / na literatura de autoria feminina e na emancipação consciente das mulheres de todas as amarras patriarcais.
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  • Elis Marina Benatti Fedato (UNIOESTE)
    O Movimento Popular de Mulheres no sudoeste do Paraná
    Este texto é resultado das reflexões da pesquisa desenvolvida na Unioeste sobre o registro da história e das experiências político-organizativas das mulheres agricultoras no sudoeste do Paraná, vinculado ao Programa Universidade Sem Fronteiras, construído a partir dos relatos das mulheres agricultoras que consideramos históricas pela atuação junto aos movimentos sociais, seja nas atividades prática ou na liderança das organizações. Resgatar e registrar a história de organização política das mulheres agricultoras associada aos acontecimentos da época faz-se necessário e fundamental para se atingir o mais completo conhecimento dos fatos e acontecimentos no decorrer do tempo. Um dos momentos históricos desta pesquisa é o Movimento Popular de Mulheres foco deste texto. Este movimento nasceu na década de 1970, em meio ao cenário de repressão da Ditadura Militar e incentivado pela Igreja Católica que teve um papel fundamental na formação e organização das mulheres e do movimento. Nos relatos são destacados seus anseios, medos e desafios diante de suas lutas pelos direitos de ser mulher e na defesa da família. Apesar da sua importância há um retrocesso com a constituição da comissão sindical da CUT, na década de 1985, repercutindo na realidade da organização das mulheres agricultoras.
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  • Catarina Malheiros da Silva (UnB)
    Ser jovem moça, ser jovem rapaz – socialização e modos de vida em área rural na Bahia
    Considerando a centralidade da escola e do grupo de amigos para a realização dos projetos coletivos de muitos jovens rurais brasileiros, o estudo “Escola, saberes e cotidiano no meio rural: um estudo sobre os/as jovens do Sertão da Bahia” se propôs a compreender e analisar os sentidos da escola e dos papéis de gênero desempenhados por rapazes e moças que vivem no sertão da Bahia. Realizou-se um trabalho de campo, no qual a observação participante, a etnografia e a realização de grupos de discussão constituíram os principais instrumentos de coleta de dados. Foram realizados 10 grupos de discussão com jovens do sexo masculino e feminino, matriculados nas últimas séries do ensino fundamental de uma escola em um Distrito rural, em município baiano. Os resultados da pesquisa desenvolvida identificam uma tensão entre os/as jovens, já que as moças mostram-se resistentes ao modelo de comportamento instituídos para ambos, denunciando a existência de uma socialização de rapazes e moças distinta e eficiente, aportada num padrão de conduta rígido e moralista para com o sexo feminino.
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