Você está em: Página inicial » Simpósios Temáticos » 12. Deslocamentos Relações de Poder e Gênero

12. Deslocamentos Relações de Poder e Gênero

Coordenador@s: Erlane Bandeira de Melo Siqueira (UFRN), Neuza de Farias Araújo (UNB)
Este simpósio temático objetiva ampliar os níveis de reflexão e análises iniciados no ST 29 sobre relações de poder e gênero. Nesta temática proposta, pretendem-se analisar os movimentos relativos aos deslocamentos de povos, famílias, mulheres e grupos, nos diversos aspectos geográficos: regionais, nacionais e transnacionais. Seus cruzamentos de fronteiras abrangendo os domínios culturais, de sociabilidade e de poder, seja pelas suas condições herdadas e ou pelas novas aquisições em culturas diversas, seus desejos de realocações em espaços imaginados. Abordam-se neste contexto as relações sociais, poder e gênero na diversidade e no encontro com as identidades plurais.

Local: Sala 243 do CCE/A

Resumos


24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Iraildes Caldas Torres (UFAM)
    Intolerância de mulheres líderes de movimentos sociais/sindicais no Governo de Mestrinho, no Amazonas
    Os tempos do aclamado desenvolvimentismo dos anos 1950, no Brasil, fizeram surgir algumas lideranças caudalísticas marcantes no cenário da política, tais como: Leonel Brizola no Rio Grande do Sul, Antônio Carlos Magalhães na Bahia e Gilberto Mestrinho no Amazonas, o qual governou o Estado por três vezes. No segundo mandato do Governo de Mestrinho (1982 – 1985), a cidade de Manaus vivia o momento de efervescência dos movimentos sociais e sindicais, com a participação marcante de lideranças femininas. Em um dos confrontos com o poder público estadual, o então Governador Mestrinho, mandou a polícia abrir fogo e reprimir frontalmente duas mulheres que lideravam a greve dos professores da rede básica de ensino. Esta pesquisa traz a público esse fato, relatado pelo próprio Gilberto Mestrinho, o qual vem no bojo de outros dados e informações coletadas junto a esse governante por ocasião do estudo sobre suas memórias. Constatou-se que Mestrinho tinha aversão aos movimentos sociais e preconceito para com mulheres e líderes de movimentos. Ficou claro, por fim, que o governo populista de Mestrinho não reconhecia as facções e luta de classes e, mais ainda, não tolerava a presença de mulheres na luta reivindicativa.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Emanuel Bruno Lopes (UFF), Glauciria Mota Brasil
    Mulheres na polícia: demarcação dos espaços de comando e relações assimétricas de poder
    O presente trabalho faz uma análise sobre a demarcação dos espaços e funções que as mulheres policiais ocupam na hierárquica de poder dos comandos da Polícia Civil no Ceará. Interessa saber: como são constituídos na polícia a demarcação e ocupação dos espaços de poder considerando os recortes de gênero? Para tanto, foram realizadas algumas aproximações ao campo empirico por meio de coleta de dados primários e secundários, neste processo merecem destaque o uso da entrevista, da observação direta e os registros das anotações em diário de campo. Pode-se perceber que quando o assunto é a distribuição das mulheres na hierarquia dos cargos policiais e nos postos de comando da Polícia Civil como dispositivo da segurança pública no Ceará, as mulheres policiais ocupam, de modo preferencial, cargos ainda considerados como indicativos aos papéis socialmente definidos para o gênero feminino. Há ocupações de outros postos de comando por mulheres, aqueles tidos naturalmente como masculinos, estes são espaços que envolvem estratégias e assimetrias, ou seja, são permeados por relações de poder tecidas na rede operacional na polícia, cuja manutenção e definição de posições exigem competências e habilidades no exercício do poder: a construção de articulações, negociações e alianças.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Maria Aparecida Azevedo Abreu (IPEA)
    Mulheres em cargos de chefia na administração pública federal
    A desigualdade de gênero na ocupação de DAS (cargos de diretoria e assessoramento superior) na administração pública federal é algo que já foi apontado por pesquisas realizadas e publicadas pela ENAP (Escola Nacional de Administração Pública). O propósito deste trabalho é apresentar a atualizar os dados das pesquisas anteriormente realizadas e traçar possíveis cenários explicativos para tal desigualdade. Para isso, será feito um refinamento dos dados, buscando identificar desigualdades de acordo com os órgãos e as áreas de políticas públicas em que cada órgão está inserido. Além disso, será feita a diferenciação entre assessoria e chefia propriamente dita, detalhamento este que não foi feito anteriormente. Com tudo isto, pretende-se aprofundar o conhecimento sobre desigualdades já constatadas na administração pública federal.
  • Nara Cavalcante Serpa (CELESC)
    A inserção e a discriminação da mulher no mercado de trabalho:questão de gênero
    O presente artigo de revisão envolve uma pesquisa realizada junto a uma organização pública catarinense, a CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina, que por meio de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, objetivou investigar a reestruturação e redefinição do trabalho e do papel na questão de gênero, verificando a quantidade de homens e mulheres atuando na Administração Central e nas Agências Regionais da CELESC, bem como a quantidade de homens e mulheres que recebem função gratificada nesta empresa. A pesquisa constatou que, ainda, há discriminação da classe trabalhadora quanto ao tipo de trabalho e quanto ao papel das mulheres na sua função na Empresa, concluindo que a questão de gênero merece um foco maior por parte da Empresa para que se tenham direitos igualitários, respeito e dignidade em todos os sentidos.
    DownloadDownload do Trabalho

25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Berlindes Astrid Küchemann (UnB)
    Mulheres, Estado e cuidados: tensões e desafios do feminismo
    Apesar do empenho das feministas pela desnaturalização dos papéis socialmente construídos, o cuidado ainda é compreendido como um valor predominantemente feminino. Em decorrência da implementação do Estado neoliberal envolvendo cortes em políticas públicas e direitos sociais com redução das ações do Estado no enfrentamento da questão dos cuidados, há um retorno à filantropia no trato da assistência social. A desresponzabilização do Estado se processa paralelamente à permanência de modelos conservadores em torno das posturas tidas como femininas. Além da precária cobertura de equipamentos de cuidado o Estado se mostra pouco sensível à equação da conciliação trabalho-família reforçando e reproduzindo o maternalismo da sociedade brasileira com um intenso apelo à solidariedade. A sobrecarga de trabalho e de responsabilidades das mulheres para com o cuidado aos idosos/as cresce. O trabalho proposto trará uma reflexão sobre as tensões e os desafios da relação mulheres, estado e cuidados. Conclui com uma reflexão sobre um maior engajamento das feministas no sentido de propor um ordenamento jurídico da assistência aos/ás Idosos/as com estratégias de efetivação não comprometidas com o receituário neoliberal de Estado.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Ligia Pereira dos Santos (UEPB)
    Maternidade, paternidade, deficiências: poder e deslocamentos não compartilhados?
    Este artigo discute o exercício da maternidade e paternidade no que diz respeito aos cuidados pedagógicos dos/as filhos/as com deficiências usuárias da APAE em Campina Grande-PB. A amostra constitui-se por 29 mulheres-mães que acompanharam seus filhos/as usuários/as da APAE-CG, denominadas com os pseudônimos de árvores, pelo fato de se tornarem fixas e imóveis por oferecer assistência aos filhos/as com deficiências. A metodologia teve como pressuposto a análise de conteúdo das histórias de vida das mulheres-mães. A análise dos dados obtidos foi confrontada com a bibliografia feminista (BADINTER, 1993), (FORNA, 2003), (ALVES & PITANGUY, 1985), junto a teóricos/as que estudam a deficiência: (GUERPELLI, 1995), (MANTOAN, 2006) e (SASSAKI, 1997), e apontam para revisão dos paradigmas da educação especial. Os resultados revelaram a ausência do exercício da paternidade e de deslocamentos maternos, considerando a impossibilidade de mobilidade da mãe. O debate questiona a assimetria existente com relação à distribuição de poder de acordo com o sexo, mostrando que tanto ambos os sexos tem a obrigação de cuidar dos/as filhos/as com deficiência, contribuindo assim para a construção de uma sociedade equânime.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Conceição Garcia Martins (UTFPR), Nanci Stancki da Luz (UTFPR), Marília Gomes de Carvalho (UTFPR)
    Relações de gênero no trabalho doméstico
    Este artigo apresenta uma discussão sobre a divisão do trabalho doméstico em residências de famílias de mulheres trabalhadoras. Para isso, foi realizada uma pesquisa quantitativa, por meio de um questionário eletrônico, respondido por cento e vinte mulheres trabalhadoras do Instituto Federal de Santa Catarina. Os resultados obtidos na investigação demonstram que mesmo que as mulheres tenham ocupado lugar mercado de trabalho, no ambiente doméstico são elas que assumem a maior parte das tarefas domésticas, sendo os homens vistos como colaboradores, mesmo quando essas mulheres contribuem com a maior parcela da renda familiar.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Maria Francinete de Oliveira (UFRN), Antonio Vitorino de Oliveira Bisneto (PUC - PR), Ianna Lima de Souza
    Analisando a gastronomia na perspectiva de gênero
    Quem nasceu até a década de 1970 deve ter escutado que cozinha não é lugar de homem. Com isso criou-se um sistema de gênero relacionado com a produção do alimento no meio familiar. Tanto a culinária familiar quanto a gastronomia é um grande caldeirão sócio cultural. Por isso a presente pesquisa foi organizada de forma a responder como se comportam homens e mulheres no novo cenário gastronômico. Os dados foram coletados de agosto de 2009 a fevereiro de 2010, de forma não sistemática, em site da internet, livrarias, discentes, docentes e familiares de estudantes de gastronomia de duas capitais brasileiras. No espaço doméstico o cozinhar ainda continua como tarefa de mulheres, principalmente as mais velhas. Isso causa estranheza aos familiares quanto à escolha dos rapazes para o curso de gastronomia. A passagem do cozinhar do espaço privado para o espaço público implica na construção de um novo sistema de gênero. A cozinha gastronômica é espaço de homens e não combina com a fragilidade feminina. Geralmente elas são encaminhadas para trabalhos mais delicados como confeitaria, saladas, sopas e caldos. Trabalhos mais pesados como panificação, carne, brasas e massas são destinados aos homens. Além disso, é comum um universo exclusivamente feminino, quando o chef é uma mulher.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Maria Helena Fávero (UnB), Larissa Guimarães Martins Abrão (UEMG - Ituiutaba / Uniminas)
    Como atua a mulher na Política? A avaliação de estudantes universitários sobre a participação feminina nessa área
    Os feminismos vieram desenhando um trajeto de reflexão sobre os espaços ocupados pela mulher numa sociedade até hoje patriarcal, questionando os aspectos quantitativos da presença feminina no território extra-doméstico e a maneira como essa ocupação tem se dado. Tal reflexão é importante porque levanta questões sobre a existência de uma efetiva conquista de territórios pela mulher, razão que nos levou a investigar como a ocupação feminina de espaços marcadamente masculinos, como a política é percebida. Desenvolveu-se uma pesquisa com grupos de estudantes universitários, buscando conhecer sua opinião sobre a participação feminina da mulher na política. Participaram quatro grupos de alunos de diferentes áreas do conhecimento, com seis sujeitos cada, três homens e três mulheres. A opinião dos participantes foi consensual ao estabelecer claras distinções entre a atuação política masculina e feminina, marcadas pelo fato de que faz parte da “natureza” da mulher ser mais “amorosa” e “menos corruptível”, caracteres ligados à maternidade, segundo os estudantes. Entre outras considerações, tais resultados nos levam a questionar sobre o papel da universidade na transformação crítica do pensamento, visto que os sujeitos parecem corroborar representações de gênero discriminatórias.
  • Mara Oro (Univali)
    Analisar a participação do gênero feminino em cargos representativos no município pólo do extremo Oeste de Santa Catarina – São Miguel do Oeste
    Pretende-se com esse estudo abordar alguns aspectos concernentes ao conceito de família, bem como, por conseguinte pontuar algumas questões em âmbito geral no que tange o processo histórico de lutas da mulher, direitos, conquistas e sua participação política na sociedade. A partir de um recorte pautado na dimensão de gênero, pontuamos a subordinação da mulher na família patriarcal, bem como o processo de luta para romper os estigmas culturais e ir além, em busca de uma nova democracia, que favoreça bases para uma sociedade igualitária. Para tanto, objetivamos fazer uma reflexão ampla e focalizada na tomada de atitude em relação ao processo de inserção das mulheres na representatividade política, bem como no mercado de trabalho que vai aos poucos refletir em uma reorganização do pensar e do agir da sociedade sobre o papel feminino. A pesquisa de campo será realizada no município pólo do Extremo Oeste de Santa Catarina, São Miguel do Oeste, com mulheres que já atuaram em cargos representativos na administração pública municipal. Face a esse processo histórico e entre as mudanças ocorridas no cotidiano, o tema suscita a discussão e a necessidade de novos estudos na área em debate.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Margarete Pereira Souza (SESCOOP/RN)
    Comitê cooperativo de gênero no estado do RN: uma experência, muitos desafios
    O trabalho ora proposto tem como objetivo relatar a experiência do primeiro Comitê Cooperativo de Gênero do Estado do Rio Grande - Comitê “Nísia Floresta”, visando disseminá-la como uma referência para outras experiências. O Comitê tem como um de seus principais objetivos fortalecer o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à igualdade de gênero e incentivar a promoção e capacitação dos homens/mulheres associativistas/cooperativistas; surgiu como parte de uma proposta de trabalho no contexto da pesquisa relizada pela autora, tornando-se parte integrante de sua experiência de dez anos no Cooperativismo do Rio Grande do Norte. Durante a pesquisa foi detectado o processo discriminatório enfrentado pelas mulheres no cooperativismo, com forte relações de poder e mando por parte dos homens, não só local mas também nacionalmente, onde o percentual de mulheres dirigentes em 2004, era de apenas 12%. A idéia central é que tais práticas contrariam os valores e princípios do cooperativismo. Portanto, como estratégia de enfrentamento o Comitê busca unir forças contra a discriminação de gênero no contexto do cooperativismo, fortalecendo a participação das mulheres nas cooperativas em que atuam.
    DownloadDownload do Trabalho

26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Maria de Lourdes Novaes Schefler (NEIM - UFBA)
    Acampamentos de mulheres trabalhadoras rurais: aprendizagem coletiva, trajetórias em construção e empoderamento
    O texto discute os Acampamentos de Mulheres Rurais como espaços de socialização, aprendizagem e visibilidade política da organização de mulheres no interior de movimentos rurais mistos, como o MST. Advém da sistematização de observações recolhidas em dez anos de Acampamentos na Bahia, onde busco refletir em que medida os investimentos de formação política têm produzido mudanças na posição social dessas mulheres. Nessa perspectiva, examino as interfaces entre gênero, poder e identidade e possíveis desdobramentos entre estas dimensões. Os produtos das oficinas e depoimentos de participantes das várias atividades dos Acampamentos indicam que esses espaços cumprem funções pedagógicas de grande significado pessoal, social e político na vida de mulheres com trajetórias ausentes dessa experiência, até seu ingresso no movimento. Sustento que as discussões no campo das relações de gênero influenciam os saberes e os poderes dessas mulheres, re-orientando condutas e re-significando modos de ser mulher no movimento, no contexto rural e na sociedade. Fortalecidas como sujeito político, essas mulheres atuam em várias frentes: lutam por direitos, discutem as raízes culturais das desigualdades, buscam as ferramentas teóricas que explicam as origens da opressão e as estratégias para eliminá-las.
  • Etienne Amorim Albino da Silva (UFRPE), Alexsandra Marioa Alves de Lacerda
    O homem no bordado: uma troca de papéis?
    Este artigo trata de uma pesquisa realizada no município de Passira – PE sobre a inversão de papéis entre bordadeiros e bordadeiras. Para alguns estudiosos/as, ser homem ou ser mulher não depende apenas do nascer macho ou fêmea, mas corresponde a assumir e desempenhar papéis e funções que a sociedade aponta como sendo masculinas e femininas. Quando visualizamos esta questão, percebemos que a sociedade está organizada para aceitar os papéis sociais atribuídos de acordo com as diferenças biológicas que marcam o indivíduo ao nascer e não com as diferenças sócio- culturais. Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar qual o significado atribuído pelos/as bordadeiros/as na inversão de papéis, ao fato dos homens realizarem a atividade artesanal de bordar que é vista como feminina. Trata-se de uma pesquisa qualitativa desenvolvida com 15 bordadeiros/as de diferentes faixas etárias. O estudo mostrou que há uma contradição no discursso dos/as bordadeiros/as quanto a inserção do homem na prática do bordado. Pois os/as bordadeiros/as, ainda visualizam o ato de bordar como uma atividade feminina. Contudo, é perceptível que os homens bordam, mesmo com todo o preconceito enraizado e construido socialmente, com a mesma dedicação e prazer das mulheres.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Suzana da Cunha Joffer (FATERN)
    Relações de discriminação e de exploração de gênero no fast food
    Buscou-se com esse estudo, analisar a influência das relações de gênero na inserção de homens e mulheres no mercado de trabalho dentro da cadeia de fast food Restfood em Natal/RN, assim como analisar a questão da submissão feminina no mundo do trabalho. Constatou-se a permanência da divisão sexual do trabalho no interior dos processos produtivos do Restfood. Esse resultado se confirma se considerarmos que as mulheres, nessa cadeia de alimentos, não ascendem profissionalmente, não havendo progressão funcional. Constatou-se também que, em um contexto de mundialização do capital, desregulamentamentação e desrespeito aos direitos trabalhistas, o capital age sem nenhum respeito aos/as trabalhadores/as. Portanto, a precarização das condições do trabalho atinge homens e mulheres, mas tem uma face mais cruel no que se refere às mulheres e esta se reproduz cotidianamente no processo de reprodução social, através da vida familiar, da inserção no mundo do trabalho, da informação e educação recebida socialmente. Enfim, o capital explora a todos/as, mas as relações de gênero criam, para o capital, a possibilidade de um grau diferenciado de exploração, tornando, assim, as mulheres, suas principais vítimas.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Eliseu Riscarolli (UFT)
    Relações de gênero no exercício do poder: pensando a producao e qualidade na UFT
    A idéia central deste trabalho é discutir as relações de gênero nas diferentes instâncias das instituições federais de ensino superior, sobretudo com olhar na Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT), considerando sua missão institucional e social contida nos documentos oficiais. Buscamos entender como se processam essas relações e seus desdobramentos nas práticas do currículo oculto, tendo em vista os desafios de projetarmos um novo caminho para as práticas sócio-educativas de cunho mais igualitários e democráticos. A perspectiva apresentada é a de que a dominação masculina está de tal maneira ancorada em nossos inconscientes que não percebemos que sua efetivação está afinada com as expectativas de domínio e poder que dificilmente questionamos. Pretende-se também refletir sobre as possibilidades de rompimento com esses princípios androcêntricos impostos/praticados pelos gestores das Ifes que tem dificultado o empoderamento das mulheres. Queremos visibilizar e refletir também sobre a representação disso num espaço de construção do conhecimento que tem conseqüências práticas – a forma como as mulheres tem acessado os cargos de autoridades e de responsabilidades, sobretudo na economia, nas finanças, na política e como se não bastasse, nos órgãos públicos.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Erlane Bandeira de Melo Siqueira (UFRN)
    Relações de poder e gênero: questionando as práticas e representações sociais no Conselho Tutelar de João Pessoa
    Esta comunicação objetiva apresentar as análises da pesquisa sobre as Representações Sociais das Práticas dos Conselheiros Tutelares, junto ao Conselho Tutelar da Zona Norte de João Pessoa. Para a compreensão dessa temática, buscou-se uma explicação à luz da teoria das representações sociais. Segundo Serge Moscovi, as representações sociais são chamadas de Teorias do Senso Comum, defendendo a idéia de que os indivíduos no seu cotidiano constroem teorias a respeito dos objetos sociais e essas teorias são orientadoras dos indivíduos. A interpretação dos dados mostraram que as representações sociais emitidas pelos conselheiros tutelares refletem a imagem de sociedade/família em que vivem e que reforçam uma visão acrítica da realidade contribuindo com um modelo de prática autoritária desenvolvida , e estes têm total poder sobre as famílias atendidas. As famílias entrevistadas indicaram que os conselheiros desenvolvem situações práticas sem compromisso com os direitos da família, criança, e adolescente. Neste contexto, pretendemos trazer para o debate as reflexões acerca das relações de poder e gênero nesta realidade pesquisada.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Neuza de Farias Araújo (UNB)
    Diferentes definições de poder e estratégias: repercussões na participação política envolvendo as relações de gênero
    Considerando que o poder reside na capacidade de fazer triunfar uma vontade ele consiste em senso geral em uma possibilidade de dispor de mediações psíquicas dentro de meios presentes para obter qualquer objetivo. A evidencia, a capacidade de fazer triunfar uma vontade associa-se a algumas situações efetivas de exercer o poder. Qualquer que seja seu domínio, político e social. A noção de poder se pluraliza também em um campo diversificado com conotações de múltiplas acepções Entendendo que o feminismo pode ser definido como a defesa de direitos iguais para mulheres e homens, acompanhado do compromisso de melhorar a posição dos membros na sociedade, pressupondo, portanto, uma condição de desigualdade, seja esta concebida como dominação masculina, essa desigualdade tem efeitos sociais e políticos na diferença sexual. Nosso objetivo nesta comunicação é trazer para o debate breves reflexões sobre várias conceituações de poder e dominação, inspirando-me nas definições segundo Marx, Weber, Foucault e Bourdieu. Destacando alguns grupos detentores de poder e de dominação e os fatores decisivos que permitem o exercício deste poder e de estratégias e suas repercussões na participação política, sobretudo no que tange as desigualdade de gênero
    DownloadDownload do Trabalho
Apresentação | Site geral do FG | Comissões | Inscrições | Programação | Cronograma | Anais Eletrônicos | Simpósios Temáticos
Pôsteres | Minicursos | Oficinas | Reuniões | Cultura | Lançamentos | Mostra Audiovisual | Mostra de Fotografias
Crianças no FG9 | Informações úteis | Hospedagem | Transporte | Notícias | Entre em Contato
Visite o web-site da DYPE Soluções!