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19. Educação sexual nas escolas: Um debate sobre experiências, inovações, preconceitos, desafios, dificuldades, facilidades e avanços (entre outros aspectos)

Coordenador@s: Cristianne Maria Famer Rocha (PPGEDU/ULBRA e GHC), Sónia Ferreira Dias (Instituto de Higiene e Medicina Tropical)
Este Simpósio Temático tem como objetivo promover, sob uma perspectiva multidisciplinar, um amplo debate sobre a educação sexual atualmente realizada nas escolas. Para tanto, espera-se que sejam trazidos para este Simpósio relatos de experiências que permitam conhecer algumas das dificuldades, facilidades, desafios, avanços, inovações, preconceitos (dentre outros aspectos) que permeiam o fazer em sala de aula em relação a esta temática. Nossa intenção é mapear, a partir dos relatos e discussões que aqui ocorrerão, experiências exitosas e possíveis “lições” a serem aprendidas. Será nosso propósito também construir uma rede online em que os pesquisadores(as) participantes do Simpósio possam contribuir para o enriquecimento deste campo de pesquisa e o fortalecimento do fazer docente, ajudando para que professores/as possam desempenhar suas funções, com menos ansiedades, angústias ou dúvidas em relação à educação sexual.

Local: Sala 308 do CFH

Resumos


24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Alexandre Martins Joca (UFC)
    Diversidade sexual na escola: um "problema" posto à mesa
    Este trabalho é uma pesquisa sobre a educação sexual escolarizada a partir do diálogo entre a escola e o movimento lgbtt num processo de formação docente continuada sobre gênero e diversidade sexual, realizado pelo grupo de resistência asa branca – grab, no ano de 2007, com educadores/as de escolas públicas de fortaleza/ce. Tem como objetivo o enfrentamento às desigualdades sociais oriundas do sexismo e da homofobia dirigida à mulheres (heterossexuais ou lésbicas), aos gays, bissexuais, travestis e transexuais. Desse modo, abordam-se as fragilidades e as possibilidades da escola pública para o desenvolvimento de práticas educativas de reconhecimento e defesa da identidade de gênero e da diversidade sexual, visando compreender seus limites, como também observar suas oportunidades. No âmbito da formação docente, para o desenvolvimento de uma abordagem educativa coerente com a perspectiva de enfrentamento do sexismo e da homofobia, educadores/as necessitam desenvolverem habilidades em três dimensões: a científica, a técnica e a política. Assim, pretende-se contribuir com a educação escolar, no sentido de pensar práticas pedagógicas que proporcionem relações sociais positivas com lgbtt no ambiente escolar.
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  • Carina Alexandra Rondini Marretto (FCL - UNESP - Assis), Fernando Silva Teixeira Filho, Juliana Cristina Bessa (UNESP)
    Homofobia no contexto escolar e vulnerabilidades de adolescentes
    Trata-se de um estudo transversal realizado em 2009, junto a 2282 estudantes de ambos os sexos cursando as 3 séries do Ensino Médio em três cidades do interior do Oeste Paulista. O instrumento de coleta de dados empregado foi um questionário autoaplicável com 131 questões. Neste artigo discutimos o quanto os/as adolescentes participantes da pesquisa reproduzem e reforçam no espaço escolar os discursos hegemônicos de controle das sexualidades pautados na tentativa de fazer prevalecer a heterossexualidade como a única forma de inteligibilidade sexual em detrimento de outras formas de manifestação da sexualidade. Discutimos como a homofobia e os dispositivos de controle social das sexualidades (re)produzem preconceitos e estereotipias que resultam em vulnerabilidades que os adolescentes não-heterossexuais apresentam, tais como: vitimização homofóbica, isolamentos sociais e afetivos e ideações e tentativas de suicídio. Destacamos o quão importante é para a escola se apropriar de meios de desconstrução das normativas heterocentradas visando preservar os direitos e cidadania de pessoas que não se identificam aos modelos vigentes da heterossexualidade.
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  • João Silva Rocha Filho (Universidade Del Mar)
    O currículo escolar e as relações de heterossexismo e homofobia na educação básica
    O presente trabalho pretende discutir as questões de heterossexismo e homofobia no currículo escolar da educação básica. Vivemos na sociedade da informação e da comunicação e não conseguimos transformar esses elementos em conhecimento. Os currículos implantados na escola funcionam como instrumentos de poder sem levar em consideração as diferenças existentes na sociedade e assim, tenta-se homogeneizar os nossos alunos sem respeitar à diversidade, dentre elas as sexuais. Os nossos currículos trabalham com o heterossexismo que é a supervalorização do hetero, fato que acaba por enfatizar cada vez mais os comportamentos homofóbicos. Construir um currículo escolar que respeite a diversidade sexual, dentre outras, é possibilitar a construção de uma sociedade mais justa. Para que se consiga a implantação desse currículo que valorize as diferentes formas de ver e viver a vida, se faz necessário trabalhar com a reconceitualização do currículo escolar, buscando assim a construção de uma educação voltada para o respeito à diversidade.
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  • Elisete Santana da Cruz França (UNEB)
    Homossexualidade: qual a sua visibilidade na cultura escolar?
    A discussão pretende fomentar reflexões acerca da homossexualidade no contexto escolar, e como suas implicações e concepções se apresentam na cultura dessa instituição, respondendo a pergunta: Quais as percepções das educadoras, educadores e educandos de uma Unidade Escolar da Rede Estadual de Ensino de Salvador, acerca da homoafetividade, e como se caracterizam as relações desses sujeitos no ambiente escolar? Contudo, para compreender as concepções que permeiam a cultura escolar no que se refere à homofobia faz-se necessário investigar os processos históricos, filosóficos, sociológicos, políticos que estão respaldando as relações preconceituosas. Assim, busco nos Estudos Culturais, subsídios para ampliar a compreensão desses processos. O estudo constituir-se-á em uma pesquisa qualitativa do tipo etnográfico, considerada como metodologia adequada por possibilitar uma melhor compreensão e interpretação do campo pesquisado. Para tanto busco dialogar com os seguintes autores: Williams (1995), Eagleton (2005), Hall (2003), Foucault (1988), Louro (2001), Bluter (2003), Bourdieu (2007), Macedo (2005), e Silva (2003).
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  • Luiz Carlos Gonçalves (CEFET-MG, Campus V)
    A diversidade sexual na escola: inserindo-se a abordagem do tema no currículo escolar de uma escola técnica
    O Cefet-MG é uma escola de ensino tecnológico. A focalização de temas ditos “transversais” é sempre mais complicada nesse tipo de instituição e, normalmente, tratada de forma extracurricular. Por isso, muitas vezes o debate é ignorado pelos alunos. A ideia deste projeto é promover uma abordagem do tema inserindo-o em um importante tópico do ensino técnico do Cefet-MG, que é a prática de pesquisa científica. As escolas técnicas têm cada vez mais estimulado a pesquisa, na esteira do aumento de programas de fomento como as bolsas de iniciação científica (Bic-Jr). Por isso, a proposta de uma pesquisa que levante dados sobre Diversidade Sexual junto aos próprios alunos, orientada pelo professor de Redação do campus e vinculada à disciplina. As questões serão estruturadas pelos alunos, que também aplicarão o questionário de pesquisa, sob supervisão do professor, partindo-se da premissa de que o objetivo é coletar dados que respondam à questão básica: “há a percepção por parte dos alunos do Cefet-Divinópolis de que exista algum tipo de discriminação por gênero na escola?” Caberá aos alunos ainda a produção de textos jornalísticos a partir dos dados apurados. Os textos serão publicados no jornal da escola: www.div.cefetmg.br. O trabalho será concluído até junho de 2010.
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25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Graciela Nieves Pellegrino Fernandez (UNEB)
    A (des) educação sexual: as representações sociais de professores do ensino fundamental sobre gênero e sexualidade
    A pesquisa em questão pretende abordar as representações sociais de professores (as) do ensino fundamental, de uma escola pública do Município de Salvador, sobre gênero e sexualidade e como podem facilitar ou dificultar sua interação com os alunos. Busca entender como que pensam interfere em sua prática pedagógica. A escola, responsável pela educação das crianças e adolescentes, desempenha papel relevante na formação do sujeito, incluindo as manifestações de sexualidade que afloram desde a mais tenra idade. Questionamentos precisam ter resposta e servir de suporte para uma sexualidade ligada à vida, à saúde, ao prazer e ao bem estar. Logo é de suma importância saber o que pensam e como se sentem os professores, presença constante na vida de crianças e jovens, a respeito das questões de gênero e sexualidade e quais os possíveis entraves à naturalização de suas falas. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, fundamentado nos pressupostos das Representações Sociais, para subsidiar a apreensão e análise das falas de professores do ensino fundamental a partir de entrevistas, observações, desenhos, buscando entender o que está em suas linguagens subliminares, reforçando a hipótese de que dificuldades presentes na exposição do tema estão implicadas nas subjetividades cerceadoras
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  • Cláudia Márcia Trindade Fanelli (UFRJ), Silvia Pereira da Silva Rios (UFRJ), José Leonídio Pereira (UFRJ)
    Educando educadores: um relato de experiência de educação em sexualidade do Programa Papo Cabeça
    Compreendemos a Educação em sexualidade relacionada às elaborações culturais sobre os prazeres e os intercâmbios sociais e corporais que vão desde o erotismo, o desejo e o afeto até noções relativas à saúde, à reprodução, ao uso de tecnologias e ao exercício do poder na sociedade. É um conceito dinâmico, denso de contradições, de múltiplas interpretações, alvo de debates e disputas políticas.
    A LDB e os PCNs tornam a escola um espaço legítimo para desenvolver ações no tratamento da temática. Neste sentido, o Programa Papo Cabeça, através do Projeto Interseção, vem envidando esforços para este fim e desde 2007 promove cursos de formação continuada para profissionais de educação e saúde, visando problematizar o debate do tema, tão tensionado por preconceitos, mitos e tabus historicamente determinados. A essência destas ações é fornecer elementos para transformar práticas educativas, construindo coletivamente subsídios e instrumentos para refletir e lidar com educação em sexualidade, pelo viés dos direitos humanos.
    A proposta deste trabalho é socializar a experiência com professores do Município de Maricá/RJ, ocorrida no ano de 2009, desvelando suas inquietações, angústias e possibilidades no tratamento destas questões no contexto escolar.

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  • Sandra Unbehaum (FCC - ECOS), Sylvia Cavasin (Ecos - Comunicação em Sexualidade), Thais Gava
    Gênero e sexualidade nos curriculos de Pedagogia
    A experiência da ECOS Comunicação em Sexualidade com a capacitação de profissionais da educação e com a produção de material educativo tem mostrado que a formação inicial de professores/ras, na maioria dos cursos, não abarca esses temas e como conseqüência eles/elas não se sentem habilitados/as para trabalhar com os conteúdos relacionados à educação sexual e gênero. Isso vem acarretando a uma “medicalização da sexualidade” e a uma reprodução dos estereótipos de gênero, e pouco se aborda, de fato, a sexualidade humana considerando reflexões sobre valores, normas, sentimentos, emoções para além de informações básicas sobre o desenvolvimento e função do corpo sexuado e formas de prevenção. Preocupada com isso, a ECOS em 2008, decidiu realizar um diagnóstico sobre os currículos e ementas de cursos de pedagogia. O objetivo foi o de documentar a ausência de conteúdos de gênero e sexualidade nos currículos de formação inicial de professores. Com os resultados obtidos desta pesquisa iniciou-se em 2009 um importante dialogo com pesquisadores e professores deste tema na área de educação, com o objetivo de definir estratégias que possam contribuir para a inclusão dos conteúdos de gênero e sexualidade nos currículos de formação docente.
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  • Maria José Nogueira (Fiocruz - BH), Samuel Moizés Barcelos, Celina Maria Modena
    Escolas e Centros de Saúde: diálogos possíveis e necessários para a promoção da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes
    Partindo do pressuposto da necessidade e da viabilidade de se trabalhar na perspectiva de integração entre os espaços da Educação e da Saúde elaborou-se uma estratégia educativa voltada para adolescentes, pautada no diálogo, no vínculo, na escuta e no acolhimento, objetivando a construção compartilhada do conhecimento e reflexões sobre temáticas relacionadas à saúde afetivo-sexual e reprodutiva. Utilizou-se metodologia de Oficinas em Dinâmica de Grupo. O trabalho foi desenvolvido em quatro contextos de pesquisa, cada um composto por um Centro de Saúde e uma Escola Pública, próximos geograficamente, pertencentes ao município de Belo Horizonte/MG. Em cada uma das quatro escolas foi selecionada uma turma do oitavo ano na qual se realizou oito encontros semanais no horário curricular. Participaram 67 alunos, cinco professores, dois educadores e seis profissionais de saúde. A estratégia educativa possibilitou discussões e incitou reflexões acerca da sexualidade enquanto uma dimensão socialmente construída, contemplando as perspectivas físicas, psicológicas, emocionais, culturais e sociais, evitando o reducionismo biológico ao tratar o tema, no intuito de estar mais próximo do adolescente e alcançar com mais pertinência a promoção da saúde integral.
  • Denise Quaresma da Silva (FEEVALE), Oscar Ulloa Guerra, Magda Maria Colao (FEEVALE)
    Gravidez na adolescência, educação sexual e a exclusão escolar: uma questão de gênero
    Este trabalho tem como objetivo discutir a gravidez na adolescência como uma problemática de gênero a partir de pesquisa quali/quantitativa, desenvolvida no Centro Universitário Feevale denominada “Mapeamento e investigação da gravidez na adolescência nas escolas municipais de Novo Hamburgo/RS pela Psicologia/Educação”. Falando em gênero, nos referimos a construção social que toda sociedade produz sobre o sexo anatômico e que irá determinar, por menos em alguma medida e segundo o tempo e cultura onde os sujeitos estão inseridos, o destino da pessoa, seu estatuto e sua própria identidade. Neste contexto, buscamos nesta pesquisa compreender os discursos existentes na escola sobre a sexualidade adolescente e como se dá a Educação Sexual nas escolas pesquisadas. Os dados coletados e interpretados pela análise do Discurso do Sujeito Coletivo revelam que a gravidez na adolescência e a Educação Sexual constituem-se como importantes questões de gênero, uma vez que a maioria das docentes entrevistadas relata que a Educação Sexual deveria ser prioritariamente dirigida às adolescentes e quando estas estão grávidas, facilmente são excluídas do contexto escolar.
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  • Jeane Félix da Silva (UFRGS)
    Juventudes e vida com HIV: o que 'isso' tem a ver com a escola?
    Existe, atualmente, no Brasil cerca de 60 mil jovens vivendo com HIV/aids (MINISTÈRIO DA SAÙDE, 2009). Possivelmente, muitos/as desses/as jovens são alunos/as da educação básica. Apesar destes dados, questões relacionadas à vida com HIV na juventude tem sido pouco abordadas (ou invisibilizadas) nos currículos escolares, os quais, quase sempre, trabalham aspectos relativos à prevenção desconsiderando aqueles associados à soropositividade. Assim, esse texto tem como intuito problematizar e refletir sobre a invisibilidade do ‘viver com HIV/aids na juventude’ nos espaços escolares considerando, para tanto, os atravessamentos de gênero, sexualidade e geração que a compõem. Outro aspecto destacado nesse texto é a formação dos/as profissionais da educação onde essa discussão é incipiente.
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  • Luciana Lavigne (ICA-UBA-CONICET)
    Notas sobre una modalidad de gestión de la sexualidad juvenil: la educación sexual en una escuela media de la ciudad de Buenos Aires - Argentina
    En la Ciudad de Buenos Aires, Argentina, en el año 2006 fue sancionada la Ley Nº2.110 que regula la implementación de la educación sexual integral en el sistema educativo público de gestión estatal y privada y en las carreras de formación docente. En la medida en que asumimos que la educación en sexualidades forma parte -de modo más o menos explícito- de los procesos de enseñanza y aprendizaje históricos del sistema educativo, en este trabajo analizamos las particularidades que asume la educación sexual a partir del marco normativo al que hicimos referencia. Exploramos las experiencias y propuestas de educación sexual desarrolladas en el contexto de una escuela de nivel medio de la Ciudad de Buenos Aires, con el fin de reflexionar acerca de cómo, en un momento histórico y lugar preciso, se proponen las modalidades de gestión de la sexualidad juvenil. Esto implica problematizar qué se enseña, a quiénes, por qué y cómo. Focalizamos en los actores que participan, en las dinámicas institucionales y en las estrategias pedagógicas elaboradas para preguntarnos cuáles son los desafíos, dificultades, resistencias y consensos que esta política educativa involucra para las y los docentes y directivos de la institución.
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26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Yalin Brizola Yared (UNIPLAC), Marivete Gesser (UNIPLAC), Francine de Barros (UNIPLAC)
    Programa de atenção à sexualidade na infância e na adolescência na rede pública municipal de ensino de Lages/SC
    Esse presente trabalho partiu da premissa de que o acesso de informações sobre sexualidade e reprodução contribui para facilitar a autonomia dos sujeitos ao longo de suas vidas. Este foi realizado em uma escola da rede pública de ensino do município de Lages/SC e teve como objetivo implantar um programa de educação sexual voltado à autonomia e à responsabilidade no exercício da sexualidade em crianças e adolescentes (de acordo com as especificidades de cada faixa etária). As atividades iniciaram-se com a identificação dos mitos, tabus e preconceitos presentes no contexto escolar por meio de entrevistas com os docentes, grupos focais com os alunos e reuniões com os pais. Em seguida, construiu-se, em parceria com o público-alvo, um programa de educação e sexualidade. Para a implementação deste, utilizou-se estratégias como as de confecção de painéis, teatro, exposição de vídeos e métodos contraceptivos e grupos de discussão sobre gravidez, DSTs, HIV/AIDS, questões de gênero, projeto de vida e diferenças entre sexo e sexualidade. O trabalho foi avaliado pelo público beneficiado como positivo, pois facilitou a aquisição de conhecimentos sobre a sexualidade, a diminuição de comportamentos homofóbicos e a diminuição dos casos de gravidez não planejada.
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  • Vanessa do Nascimento Fonseca (PROMUNDO), Christine Ricardo (PROMUNDO)
    “Entre Nós”: limites e possibilidades de ações educativas para a promoção da equidade de gênero em escolas do Rio de Janeiro e Salvador
    Este trabalho propõe um debate sobre limites e possibilidades da implementação de projetos voltados à promoção da equidade de gênero em escolas, a partir da experiência de adaptação de ferramentas educativas criadas com este fim – Programas H e M, por Promundo e organizações parceiras. Os Programas H (para Homens) e M (para Mulheres) reúnem diversas atividades educativas e lúdicas que buscam estimular a reflexão e engajar jovens em ações voltadas para a promoção da equidade de gênero e da saúde. Dentre as atividades, destacam-se desenhos animados e a radionovela “Entre Nós”, que conta a história de dois jovens que buscam resolver seus conflitos através do diálogo. Uma das características diferenciais do trabalho de gênero desenvolvido pelo Programa H são as ações específicas já avaliadas para o trabalho com homens, considerando suas necessidades e interesses para a promoção da equidade de gênero. Reunidos no espaço da escola, os Programas H e M permitem não só que algumas questões sejam facilmente trabalhadas entre jovens do mesmo sexo, como também possibilita um debate conjunto sobre as relações entre mulheres e homens. Estas atividades foram desenvolvidas e avaliadas em escolas do Município do Rio de Janeiro e Salvador.
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  • Terezinha Richartz (UNIS - MG), Zionel Santana (Universidade Gama Filho)
    Relações de gênero e facilidade/dificuldade de aprendizagem: a influência dos estímulos recebidos na educação não formal e a repercussão no desempenho escolar
    Este trabalho tem por objetivo compreender as facilidades/dificuldades de aprendizagem provenientes das relações de gênero, estabelecidas na sociedade. É nela que o discente, além dos conteúdos escolares, assimila valores e preconceitos que interferem na aprendizagem. Por isso, a escola é considerada uma dimensão importante na produção e ressignificação das relações de gênero, além de raça/etnia e classe social e contribui no que se diz, no que se pensa e no que se pratica a respeito do feminino e do masculino, trazendo consequências importantes na aquisição do conhecimento. Através de levantamento qualitativo realizado numa Escola de Curso Livre na Cidade de Varginha/MG, procurou-se mensurar a influência dos estímulos recebidos para potencializar a capacidade cognitiva em meninos e meninas, através de uma metodologia específica, objetivando melhorar o desempenho escolar, nas disciplinas Português e Matemática, que são fortemente gendradas.
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  • Rodrigo Pereira da Rocha Rosistolato (UFRJ)
    Orientação sexual na escola: espaço de construção e reprodução de gêneros
    O objetivo do trabalho é analisar os processos de construção e reprodução de performances de gênero em projetos de educação/orientação sexual escolar. A pesquisa foi realizada em 24 escolas municipais do Rio de Janeiro, onde professores e professoras desenvolvem projetos de educação/orientação sexual com estudantes do ensino fundamental. Além de entrevistas em profundidade com os professores coordenadores dos projetos, foram realizadas observações nas salas de aula e nos cursos de formação para docentes. Os resultados da pesquisa indicam que os espaços escolares onde os projetos de orientação sexual são desenvolvidos consolidam-se como lugares de apresentação de performances de gênero construídas a partir da tensão entre negação e afirmação de masculinidades e feminilidades consideradas tradicionais. Importante salientar que os projetos são desenvolvidos, majoritariamente, por professoras e são as estudantes as principais interessadas em participar das aulas. É possível dizer que os espaços escolares onde se discute orientação sexual são bons objetos de análise sobre a relação entre sexualidade e gênero.
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  • Oscar Ulloa Guerra (UO), Denise Quaresma da Silva (FEEVALE)
    Imaginarios de género en las prácticas de educación sexual y formación profesional en instituciones educativas de Brasil y Cuba
    La ponencia contiene resultados de investigaciones realizadas en instituciones de diferentes niveles educativos en Brasil y Cuba. Utilizando referentes de la Psicología y Género se describen y analizan las prácticas en torno a la educación sexual y a la formación de profesionales de las ciencias sociales.En el caso de Brasil, se describen las prácticas relativas a la educación sexual en las escuelas municipales de enseñanza fundamental y media de Novo Hamburgo/RS, y se valora su repercusión para la prevención del embarazo precoz, la salud sexual y reproductiva y el desarrollo biopsicosocial en general de los/las adolescentes.En las instituciones cubanas, el objeto son las prácticas que acontecen en la formación de profesionales de ciencias sociales (Psicología, Sociología, Filosofía e Historia) y sus consecuencias para la asunción de los diferentes modos de actuación.La sistematización y análisis de estas prácticas revela las significaciones imaginarias sobre género que se evidencian y son reproducidas en las instituciones educativas, así como sus implicaciones desde la perspectiva de género, educación y derechos, para la sensibilización e implicación del profesorado en el cuestionamiento y análisis de sus prácticas y en la construcción de alternativas de superación.
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