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61. Publicações Feministas em debate: políticas editoriais e avaliação dos contextos

Coordenador@s: Luzinete Simões Minella (UFSC), Vera Lúcia Puga (UFU)
Este Simpósio pretende refletir sobre a expansão das publicações feministas através do debate a respeito das políticas editoriais e da avaliação do seu impacto. Sua realização dará continuidade aos diálogos estabelecidos pelas editoras dessas publicações em eventos específicos realizados no país e no exterior: I Encontro Brasileiro de Publicações Feministas, realizado em Florianópolis em agosto de 2002; I Encontro Internacional e II Encontro Nacional de Publicações Feministas, ocorrido também em Florianópolis, em novembro de 2003.
Esses eventos, liderados pela Revista Estudos Feministas desencadearam o II Encuentro Latinoamericano de Publicaciones Feministas y Revistas Criticas, realizado em Santiago do Chile em outubro de 2005 e organizado pela Revista Nomadías.
Em novembro de 2007, ocorreu o III Encuentro Internacional de Publicaciones Feministas. Entre medios: autoras, editoras y públicos. Liderado pela Revista Mora do Instituto Interdisciplinario de Estudios de Género da Facultad de Filosofía y Letras da Universidad de Buenos Aires.
A proposta deste Simpósio nasceu da necessidade de continuar aprofundando o diálogo entre as editoras brasileiras e as de outros países, a partir da compreensão de que a transnacionalização dos feminismos requer que as publicações desenvolvam a competência técnica e política para compartilhar experiências, inserindo os debates sobre os temas locais no cenário global.

Local: Sala 609 do CED

Resumos


24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Eliane Schmaltz Ferreira (UFU), Dulcina Tereza Bonati Borges
    Caderno Espaço Feminino: desafios enfrentados e espaços ampliados
    Neste trabalho evidencia-se a contribuição do Caderno Espaço Feminino uma publicação do Núcleo de Estudos de Gênero, Violência e Mulheres - NEGUEM/UFU, na busca de uma adequação cada vez maior às exigências de uma produção editorial de qualidade. O balanço do Caderno Espaço Feminino para o Fazendo Gênero e esse GT, visa refletir também sobre a contribuição dessa publicação para os estudos feministas incorporando o gênero como categoria de análise. A proposta em nossos estudos e publicações é procurar defender uma caminhada rumo não só a uma reflexão crítica da realidade empírica com que nos deparamos na pesquisa, mas também em termos de construção/produção de conhecimento especialmente nesse campo teórico do gênero como categoria de análise do social, tarefa que no Brasil parece ser a mais difícil, sem perder de vista os compromissos coletivos que animam o trabalho de reflexão nos preparando para o enfrentamento de novos desafios.
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  • Karina Janz Woitowicz (UEPG), Joana Maria Pedro
    Feminismo e ativismo midiático: o jornalismo como estratégia de ação política
    Entender a mídia alternativa produzida pelo movimento feminista como um espaço de construção de discursos contra-hegemônicos e de identidades de resistência. Esta é a proposta do presente artigo, que parte de uma reflexão sobre os usos e apropriações da comunicação no feminismo para demarcar alguns limites e contribuições da mídia nas disputas políticas travadas pelo movimento. Tendo como objeto quatro publicações periódicas editadas por organizações feministas no Brasil – os jornais Fêmea, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria; Fazendo Gênero, do grupo Transas do Corpo; Jornal da Rede, da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; e Folha Feminista, da Sempreviva Organização Feminista -, busca-se observar as orientações editoriais que marcam o discurso da mídia alternativa, bem como identificar temas, fontes, formatos e características presentes na imprensa feminista. No trabalho, que tem como referenciais teóricos os estudos de gênero e os estudos culturais, são enfocadas as lutas pelos direitos reprodutivos que pautam a mídia feminista e as estratégias de comunicação que integram as ações do movimento, projetando identidades políticas.
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  • Vera Lúcia Puga (UFU)
    Cavar e ocupar espaços: lutas pela sobrevivência de revistas feministas e de gênero
    No início dos anos de 1990 um grupo de professoras historiadoras montou em Uberlândia, na Universidade Federal de Uberlândia um Núcleo de estudos e pesquisa sobre gênero, violência e mulheres, o NEGUEM. De lá pra cá para além das discussões temáticas realizamos pesquisas, abrimos o núcleo para pesquisadores(as) de outras áreas do conhecimento, tanto professores(as) quanto mulheres que na cidade ou região estavam envolvidas com as lutas feministas. O destaque que damos nesta comunicação é a criação da revista Caderno Espaço Feminino que nos anos 1990 iniciou timidamente para ir tomando corpo e espaço, viajando por outros lugares, regiões e países. Mesmo se tornando adulta, a revista depende essencialmente do trabalho e luta de cada membro do NEGUEM tanto para compor cada número, quanto para divulgar e vender a publicação. Fomentos são mínimos, mesmo se tratando de uma revista de uma instituição pública federal. A revista tem periodicidade semestral, é composta das seguintes seções: artigos; dossiês; ensaios e/ou entrevistas; resenhas; biografias notas (resultados de projetos de pesquisas locais). A revista conta com corpo editorial e consultivo formado por pesquisadores(as) nacionais e internacionais. A partir de 2007 a revista integra o Portal Feminista.
  • Luzinete Simões Minella (UFSC)
    Publicações feministas no contexto da globalização: diálogos "locais" e "globais" sobre políticas e avaliação
    Este trabalho visa contribuir para as reflexões sobre políticas editoriais e tem como objetivo específico a análise das publicações feministas brasileiras, destacando os seguintes aspectos: a) as estratégias debatidas e construídas durante os encontros de editoras nacionais e estrangeiras, liderados pela Revista Estudos Feministas e realizados em Florianópolis em 2002 e 2003; b) as principais dificuldades apontadas pelas editoras quanto à distribuição, avaliação, financiamento, impacto, etc. c) os encontros posteriores e a continuidade dos diálogos sobre políticas editoriais no contexto da globalização cultural. O trabalho conclui, provisoriamente, que os principais desafios enfrentados pelas publicações feministas coincidem com os do feminismo: tentar ser cosmopolita sem perder a fidelidade às raízes; tentar obter reconhecimento e permanecer contra-hegêmonico.
  • Marta Friederichs (UFRGS)
    Basta teclar? Apontamentos sobre os deslocamentos e reconfigurações da escrita de si
    Este texto tem como tema os deslocamentos da escrita de si ao longo do tempo e das gerações. É, pois, produto de minhas aproximações com a temática de sujeitos que se declaram mulheres brasileiras e escrevem sobre si em blogs, temática que deu foco à minha dissertação de mestrado. Quando comecei a selecionar os blogs que fariam parte da minha pesquisa, deparei-me com um modo de escrita de si que foi se transformando e hoje deixa aparecer o seu rastro em “falas” que, publicadas na internet, possibilitam a quem ali escreve expressar suas idéias, contar a sua história, fazer-se visível. Uma das críticas do feminismo à ciência tradicional é o fato de ter feito suas análises baseadas na experiência dos homens. Foram eles que se tornaram representativos da humanidade, sendo difícil dissociar a experiência dos homens da experiência da humanidade. Hoje, muitas mulheres escrevem sobre suas vidas, suas experiências, seus saberes para quem quiser lê-las na internet e este processo institui relações de poder-saber. Sendo assim, adoto como referência o campo de análise pós-estruturalista principalmente a vertente que se aproxima das teorizações de Michel Foucault bem como os Estudos Feministas para articular a escrita de si com certas problematizações alavancadas pelo movimento feminista.
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  • Edméia Ribeiro (UEL)
    Entre imagens e textos: discursos sobre mulheres americanas e espanholas
    A coleção Las mujeres españolas, portuguesas y americanas constitui-se em uma obra fecunda em imagens, discursos e concepções sobre mulheres, produzida na Espanha, no século XIX. Esta produção veiculou, naquele momento, ideais, modelos, costumes e práticas femininas através de produções monográficas escritas por literatos e expoentes políticos da época, assim como através de cromolitografias de mulheres, que foram produzidas para caracterizar/representar diversos espaços territoriais nas Américas portuguesa e espanhola, Portugal e Espanha. São essas concepções de mulheres” – disseminadas através desses textos e imagens – que se pretende apresentar e debater neste simpósio temático.
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