75.1 Usos da masculinidade e papéis de gênero |
Coordenador@s: Ari José Sartori (UFSC), José Gatti (Universidade Tuiuti do Paraná/UFSC/UFSCar) |
Os papéis de gênero têm sido alvo e objeto de problematização por pesquisadoras e pesquisadores dos estudos de gênero (e feministas) nos séculos XX e XXI. Neste Simpósio Temático os trabalhos terão maior ênfase sobre masculinidade, como campo de produção científica, em trabalhos empíricos e interdisciplinares que buscam a reflexão e avançam a discussão sobre os papéis de gênero no âmbito acadêmico.
Local: Auditório do CCJ
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Resumos
24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
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Gabriella Lima de Assis (UFMT), Claudionor Aguero dos Santos (UFMT)
História, literatura e gênero
Dividido em vinte e cinco capítulos, todos sem título, O Quinze é o romance de estréia de Rachel de Queiroz. Mais que mera história de um amor irrealizado da mocinha que lê romances franceses e sonha com o primo, moço rude entregue ao trabalho árduo de cuidar de gado, a narrativa de Conceição e Vicente é a história de um desencontro amoroso proposital, nesta perspectiva sua narrativa abre uma discussão sobre a questão de gênero. Na leitura da fonte notamos que por meio do arquétipo da personagem Conceição, Rachel de Queiroz problematiza a condição feminina na sociedade brasileira do início do século XX. A caracterização dos pensamentos desta personagem traz consigo questionamentos sobre quais deveriam ser as prioridades e as realizações da vida de toda mulher, sobre aquilo que deveria nortear os pensamentos de uma moça e sobre aquilo que uma moça deveria almejar. A leitura sensível das questões de gênero dessa narrativa nos faz ainda compreender a relação fronteiriça entre História e Literatura, bem como perceber a sensibilidade de uma outra época, sem a pretensão de dizer o que se passou na mente da autora em questão no momento escrevera sua obra, o presente trabalho se ocupou em interrogar sobre o que a obra escolhida nos transmite de seu tempo e a forma como o faz.
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Cintia Helena dos Santos (UNESP - Assis)
Masculinidades e execução penal: tecnologias de gênero e outros aprisionamentos
O presente estudo articula as relações de poder na questão do crime e a operacionalização da lei, a forma sutil com que as tecnologias de gênero naturalizam ações e reações nas relações, parcerias e lutas diárias entre funcionários e presos e os processos de subjetivação na contemporaneidade. Como parte de projeto de doutorado em andamento , o estudo tem como matriz epistemológica a genealogia proposta por Foucault. Esta nos tem permitido percursos diversos como análise de documentos, entrevistas semi-estruturadas, realização de grupos operativos, realização de cursos e entrevistas e análise dos diários de campo dos estagiários que trabalham no Projeto de Saúde Mental para os funcionários do sistema penienciário na cidade de Londrina. O entrelaçamento destas falas e forças tem permitido delinear o impacto das tecnoloias de gênero, em especial das masculinidades, na dinâmica das relações de poder que se estabelecem entre os funcionários e também entre estes e as pessoas presas. A forma como são caladas e/ou "adequadas" as diversidades, e também as implicações várias que habitam o imaginário relativo aos deslocamentos possíveis e obrigatórios são determinantes em processos de subjetivação onde operam aprisionamentos outros mais precisos e danosos que as grades.
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Flora Alice Santos Almeida (UFS)
Meninas vestem rosa, meninos vestem azul: concepções de adolescentes acerca da masculinidade e feminilidade
Esse estudo objetivou identificar as concepções de adolescentes acerca da masculinidade e feminilidade levando em consideração as diferenças e papéis socialmente estabelecidos para homens e mulheres. Participaram dessa pesquisa 14 adolescentes, entre 15 a 18 anos de idade, de ambos os sexos, sendo 05 meninas e 09 meninos, participantes do Serviço Socioeducativo “PROJOVEM Adolescente”, residentes na região periférica do Município de Nossa Senhora das Dores-SE. Utilizou-se a técnica do Grupo Focal para a constituição dos dados, sendo realizado em uma única sessão. Apesar de terem sido evidenciados aspectos que denotam transformações nas concepções acerca do masculino e do feminino, confirmam-se ainda os estereótipos tradicionais de gênero; as aproximações da mulher ao espaço privado e do homem ao espaço público; a expressividade relacional associada às mulheres e a instrumentalidade aos homens, convivendo assim aspectos arraigados por uma ideologia masculinista de gênero, com outros mais equânimes. Os resultados dessa pesquisa podem vir a subsidiar o desenvolvimento de Projetos de Intervenção e ações de técnicos da Rede territorial do Município de Nossa Senhora das Dores no que tange às relações de gênero e a forma como essas são concebidas e significadas na Adolescência.
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Fernando Leocino da Silva (UFSC)
Socializando a distinção, afirmando o lugar do futuro varão
O presente trabalho tem por base as relações escolares de uma instituição católica, voltada para um público masculino, do interior do Estado de Santa Catarina entre as décadas de 1930 e 1940. Tal estudo tem seu foco voltado para a problematização da vivência entre seus estudantes numa discussão que compreende as práticas escolares que eram incentivadas pela escola e estabelecidas pelos alunos. As inúmeras atividades esportivas e culturais, além das de lazer e descanso, eram propostas no interior da instituição e procuravam constituir significantes fatores para a construção de uma determinada masculinidade. O confinamento desta instituição-internato aproximava seus alunos no compartilhamento de experiências e na construção de relações de amizade e no vigiar-se mutuamente, elementos importantes para um projeto de naturalização de disposições para os futuros posicionamentos destes varões. Partindo dos impressos escolares e documentos oficiais tal pesquisa conta com o apoio das discussões de Pierre Bourdieu.
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Andréia Burille (UFRGS), Tatiana Engel Gerhardt
Itinerários terapêuticos de homens em situação de adoecimento crônico: a busca por cuidado e as arranhaduras da masculinidade
Esta proposta de pesquisa integra o projeto “Sistemas locais de saúde, determinantes sociais e itinerários terapêuticos de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis” desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Saúde Coletiva (GESC-UFRGS). Ao identificar que sua saúde se encontra debilitada, idealiza-se que o indivíduo busque compreender de diferentes maneiras esses acontecimentos e também procure alternativas para solucionar o dano. Esse processo de busca para solução de seu dano segue um itinerário terapêutico. Sabe-se que vários danos crônicos acometem mais os homens, sendo esta uma questão que precisa ser levada em conta quando se busca promoção da saúde. Considerando a relevância de se desenvolver estudos que abordem o universo masculino, está sendo desenvolvido um projeto de dissertação, cujo objetivo é conhecer os itinerários terapêuticos de homens em situação de adoecimento crônico, do meio rural. O estudo tem uma abordagem qualitativa, descritiva e exploratória. Como instrumento de coleta de dados será utilizado entrevista semi-estruturada, observação, diário de campo e diagrama das relações sociais, possibilitando assim, conhecer também a rede social. Acredita-se que está pesquisa proporcionará maior visibilidade acerca das trajetórias terapêuticas, bem como, das questões de gênero nelas envolvidas.
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25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
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João Batista da Silva Junior (UFRJ)
Representações de masculinidade nos salões de dança carioca
Nas últimas décadas os papéis desempenhados por homens e mulheres na sociedade têm sofrido modificações que invariavelmente influenciam todas as instâncias e práticas do cotidiano. A arte, de modo geral, acompanha e muitas vezes até antecede essas mudanças e têm os seus meios de criação e expressão modificadas por elas. A dança de salão por ser uma linguagem da dança que normalmente está diretamente ligada ao público de várias camadas sociais tem o seu fazer artístico fortemente influenciado por essas mudanças. A presente comunicação - fruto de pesquisa desenvolvida ao longo de dois anos (2008 a 2009) - tem como objetivo analisar algumas das representações do papel do cavalheiro da dança de salão, assim como as principias motivações que levam os homens a praticarem esse determinado tipo de dança, e a influência que estes espaços têm na construção social da ideia de masculinidade que os mesmos têm sobre si mesmos e seus pares. Nos propomos a investigar como a dança de salão exerce a função de intermediação social em determinadas situações, bem como se a adesão masculina nesse tipo de prática corporal se justifica pela utilização da dança como instrumento de afirmação do papel masculino nas relações de gênero.
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Joelma Ferreira dos Santos (Universidade Autônoma de Madri - UAM)
A masculinidade em México sob a lente das cineastas María Novaro e Marisa Sistach
Os primeiros trabalhos em análise de representação de gênero no cinema foram realizados por feministas, expressando a preocupação, coerente com a época, de que os realizadores eram majoritariamente homens e que suas representações correspondiam mais a uma imagem idealizada por eles que às mulheres reais. Dos anos 70 – auge dos movimentos feministas – para cá, muita coisa mudou. Os movimentos de mulheres, assim como os de homossexuais e simpatizantes, e as próprias mudanças de ordem política, econômica e social geradas pela intensificação do processo de globalização impulsionado pelas políticas neoliberais das últimas décadas proporcionaram mudanças que merecem atenção. Uma delas é a que vem sendo chamada de crise da masculinidade, entendida esta como instabilidade dos pilares que sustentavam o modelo tradicional, percebida sobretudo a partir da década de 90. A cultura mexicana, como a de outros países latinoamericanos, está fortemente marcada pelos estereótipos da masculinidade tradicional. O objetivo deste trabalho é analisar as representações da masculinidade no cinema mexicano do final do milênio a partir da óptica de duas diretoras: María Novaro y Marisa Sistach.
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Gisele Massola (ULBRA)
"Caçadores de aventuras": meninos e meninas indígenas na literatura infantil contemporânea
Este trabalho, desenvolvido na perspectiva dos Estudos Culturais, tem como objetivo analisar como são constituídos e apresentados os personagens indígenas em textos literários brasileiros destinados a crianças. O material analisado consistiu em 13 livros de literatura infantil, sendo cinco deles de autoria indígena. Discute-se, de maneira especial, as formas como são descritas e caracterizadas as crianças que protagonizam estas histórias, bem como os marcadores de gênero que se imprimem em seus corpos e em suas condutas. Examinando o enredo, os personagens e o desfecho das histórias, e levando em conta os textos e ilustrações, observa-se, em primeiro lugar, que a diferença indígena é assinalada no corpo – em traços, vestimentas, adereços e pinturas. Também se estabelecem, nestas obras, distinções que marcam os lugares sociais femininos e masculinos e, desse modo, se define um campo de ação possível para meninos e meninas indígenas, protagonistas dessas narrativas. Destaca-se também a presença de adultos, ensinando, orientando ou simplesmente observando as cenas. A análise mostra que imagens são múltiplas e que a caracterização dos personagens se faz de maneira heterogênea, em especial nas obras escritas pelos próprios indígenas.
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Gizelle Kaminski Corso (UFSC), Josiele Kaminski Corso Ozelame
O espanta tubarões e O menino que brincava de ser, metáforas da diversidade
Livros e filmes afirmam-se, cada vez mais, como transmissores de valores e de conhecimentos para o público infantojuvenil. Tornam-se uma fonte de referência para os leitores e espectadores mirins, que passam a absorver modos de conduta, hábitos, ideais físicos, falas de personagens, em grande parte pré-estabelecidos pela sociedade. Diante de tantos preceitos e trejeitos a serem seguidos, são geralmente os diferentes que sofrem em grande valia, por apresentarem atitudes, opções, hábitos e condutas que destoam daquilo que a sociedade delibera como normal, correto e justo. Assim, para procurar pensar essas questões que perpassam o processo de construção do sujeito, escolhemos duas formas de expressões artísticas – literária e cinematográfica – que problematizam as diferenças. De um lado, um menino que gosta de brincar de ser mulher, de outro, um tubarão vegetariano; diversidades que são encontradas respectivamente no livro O menino que brincava de ser, de Georgina Martins, publicado em 2000, e no filme O espanta tubarões [Shark tale], produzido pela Dreamworks Animation, lançado em 2004.
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Gustavo Andrada Bandeira (UFRGS)
Emoções masculinas nos estádios de futebol
O objetivo deste estudo é visualizar como as narrativas dos torcedores de futebol se associam a construções históricas de amor e como essas atravessam suas construções de masculinidades. Para a produção do material empírico, frequentei os estádios Beira-Rio, do Internacional, e Olímpico, do Grêmio. Dentre as escolhas metodológicas permiti-me fazer alguns usos de uma etnografia pós-moderna com observações participantes e construção de diários de campo, além da análise de quatro jornais da cidade de Porto Alegre. A ideia foi partir desses olhares distintos para produzir outro olhar sobre representações de masculinidades, emoções e amores. As masculinidades que gozam de maior legitimidade nos estádios associam-se a figuras de machões e guerreiros, sempre dispostos a algum tipo de confronto. Curiosamente, é nesse contexto de homofobia e violência potencial que aparecem grandes manifestações públicas de sentimentos ou de afetos masculinos. Ao mesmo tempo em que diferentes manifestações não estão diretamente associadas a algumas das representações de masculinidades heteronormativas dos estádios de futebol, o amor também pode ser utilizado dentro de uma competição masculina em que a maior ou menor capacidade de amar produz hierarquias entre as masculinidades.
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26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
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Valmir Aleixo Ferreira (UFRJ)
O teatro homoafetivo na contemporaneidade: estudos sobre Torch Song Trilogy
Essa comunicação é conseqüência dos estudos que desenvolvi durante o período de montagem do espetáculo teatral “Língua Afiada” que foi apresentado nos meses de outubro e novembro de 2009, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, no Rio de Janeiro.
O texto “Torch Song Trilogy” de Harvey Fierstein apresenta a vida de um homossexual que trabalha numa casa de shows. Seus sonhos, amizades, frustrações amorosas, sua luta contra o preconceito, sua vontade de adotar uma criança e ter sua família. Ao promover uma reflexão sobre identidade e homoafetividade, questiona os padrões heteronormativos e discute a idéia de família. Amplia as discussões a cerca desse tema tendo em vista que o teatro, como aspecto cultural, é um fórum por excelência de debates e divulgação de idéias que muitas das vezes são censurados por outros canais de comunicação e cultura.
O trabalho então, analisa o texto dramático como um discurso que desenvolve a auto-compreensão dos personagens à partir da relação com o outro, ou seja, a relação entre identidade e alteridade dando ênfase à diferenciação como algo que o aproxima do comum.
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Rafael Montesinos Carrera (Universidad Autónoma Metropolitana), Rosalía Carrillo Meráz
Cambio cultural y masculinidades emergentes
El objetivo de este trabajo es descifrar si las relaciones sociales e interacciones entre los géneros se reproducen de manera conflictiva o comprender bajo qué circunstancias culturales, las relaciones de poder son aceptadas por ambas partes, hombres o mujeres. Se parte de la premisa de reconocer que todas la relaciones sociales son conflictivas y que,por tanto, las relacionnes de género se dirimen a partir del poder concentrado absolutamente en el hombre, el cambio social que permite a las mujeres el acceso al poder y, por tanto, competir de tu a tu por el mismo.
En este trabajo se ofrecerán algunas tipologías de masculinidades cuya causa se encuentra en un cambio cultural que empuja hacia la igualdad entre los géneros. Esto, de entrada, se expresa a partir de una crisis de masculinidad en los varones al perder una cuota significativa del poder que tradicionalmente tienen y, por otro lado, las mujeres que tienen poder no necesariamente les permite establecer una relación armónica con los varones.
Esta tipología se presentan como producto de una larga investigación sobre el cambio cultural y las masculinidades emergentes. Ello implica tambien el cambio originado por el avance de la democracia, el acceso de la mujer al mercado de trabajo y a la educación superior.
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Rafael Chaves Vasconcelos Barreto (ENCE), José Eustáquio Diniz Alves (ENCE/IBGE)
Territórios da diversidade: espaços de convivência gay no Rio de Janeiro
O presente trabalho trás para discussão uma questão que vem ganhando visibilidade na nossa sociedade nos últimos anos. Será enfocado um grupo que embora esteja ganhando espaço, ainda possui diversos direitos cerceados. Nesse sentido faremos uma investigação sobre a questão homossexual, procurando entender a formação de uma identidade, individual e coletiva, com base na orientação sexual. Será possível ainda analisar a questão homossexual sob um enfoque de gênero, procurando entender a quebra do padrão masculino dominante. A partir do entendimento dessa formação identitária veremos como essa se manifesta territorialmente, através da analise de territórios de sociabilidade homossexuais, utilizando como recorte espacial a cidade do Rio de Janeiro. A partir disso será possível perceber diversas formas de territorialidades formadas por esse grupo, sendo possível analisar como se dá essa formação e entender particularidades de alguns desses locais. Por fim é proposta uma reflexão sobre essa questão, levando o leitor a refletir sobre os preconceitos existentes na nossa sociedade, buscando desmistificar esse tema contribuindo assim para uma sociedade livre de discriminações.
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Ricardo Lanzarini Gomes Silva (UFSC), Carmen Silvia Rial
Turismo gay na Ilha de Santa Catarina: homossociabilidades e perspectivas
A Ilha de Santa Catarina é um dos destinos turísticos mais conhecidos do Brasil em todo o mundo, amplamente divulgada por sua diversidade cultural e ambiental e que ganha destaque a cada ano no turismo gay, tanto em nível nacional quanto internacional, visto que sediou em 2008 do II Fórum de Turismo GLS, da ABRAT GLS, em 2009 do VI Fórum Internacional de Turismo GLS, da ABRAT GLS e IGLTA, e para 2012 está marcada a convenção anual da IGLTA, maior evento gay do mundo. Este artigo propõe uma discussão teórica a respeito do turismo gay, suas implicações e formação de espaços, com base nas atividades sociais direcionadas ao público homossexual masculino na Ilha de Santa Catarina que atende ao turista, como bares, boates, saunas e praias reconhecidas localmente e pela mídia especializada como pontos de encontro gay. Por se tratar de uma pesquisa empírica, além da discussão teórica e da pesquisa na mídia especializada em turismo, como revistas, guias turísticos e sites, são descritas algumas entrevistas com turistas e moradores que frequentam esses lugares. O setor turístico brasileiro aponta a Ilha de Santa Catarina como um dos principais destinos de turismo gay que promove desenvolvimento, gera renda e cria laços de identidade e pertencimento entre seus frequentadores que fortalecem o país no cenário homoerótico mundial.
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Rosemeri Monteiro Vedan (UFPR)
Gênero,velhice e memória:um estudo sobre a velhice masculina no município de Ponta Grossa -PR
Este trabalho deriva da nossa dissertação de mestrado em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - Pr e, tem como objeto de estudo as diferentes concepções de envelhecimento e velhice que permeiam o universo masculino. A partir da análise das falas dos sujeitos entrevistados, procuramos identificar os limites e possibilidades de superação das construções sociais referentes a gênero, idade, sexualidade, relações intergeracionais, participação e autonomia, que rebatem diretamente no cotidiano dos idosos, objetivando através do relato das memórias, dos entrevistados, compreender como homens reconstroem sua identidade nesta fase da vida. Trata-se de um estudo de caso, realizado no município de Ponta Grossa, de natureza qualitativa, que procura compreender o universo masculino, apreendendo os elementos constitutivos do fenômeno estudado. Historicamente, os homens têm sua masculinidade determinada pelo poder e virilidade, a entrada na fase da velhice associada a representação social hegemônica que se tem do homem velho acaba por despertar nestes sujeitos através de suas memórias a nostalgia referente a um passado em que a juventude determinava o seu lugar no mundo.
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