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63.1 Redefinindo a cultura escolar

Coordenador@s: Jaqueline Ap. M Zarbato Schmitt (USJ / Unisul), Nucia Alexandra Silva de Oliveira (UDESC)
Este Simpósio Temático pretende agrupar pesquisadoras e pesquisadores que têm trabalhado com a escola, seja voltado para a docência nos diferentes níveis de ensino, como para o ambiente/cotidiano escolar. Assim, as questões da cultura escolar serão problematizadas tendo o Gênero como principal interlocutor.

Local: Sala 606 A do CED

Resumos


24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Ana Paula Tatagiba (PUC - Rio)
    Homens na educação infantil: uma análise a partir dos estudos de gênero
    Instituições educativas devem contribuir para desmistificar a dicotomia e hierarquização dos universos masculino e feminino. Tendo como objeto de estudo a inserção masculina como agente auxiliar de creche (AAC) nas creches públicas cariocas, os objetivos desse trabalho são: conhecer suas trajetórias profissionais e as repercussões de sua inserção na creche e; analisar, a partir dos estudos de gênero, os desafios da prática cotidiana.
    O AAC atende às crianças de 0 a 3 anos, desenvolvendo atividades pedagógicas e de cuidado e, ainda que novas formas de educação das crianças de 0 a 6 em espaços diferentes ao da família sejam valorizadas hoje, ampliando-se o debate sobre os processos de conformação das funções socialmente atribuídas a homens e mulheres, a lotação de homens como AAC suscitada polêmica, como este relato evidencia: “Todos os dias assistimos a diversos casos de abusos contra crianças. Já imaginou chegar na creche de manhã (...) e descobrir que um "barbado" (...) vai dar banho na sua filhinha?”
    A metodologia está alicerçada na análise de conteúdo, prevendo dupla coleta de dados: em pesquisa no site de relacionamentos Orkut – espaço na qual se estabeleceu uma comunidade de referência para os AACs - e a realização de entrevistas semi-estruturadas, em execução.

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  • Carmen Angela Straliotto de Andrade (UNILASALLE - Canoas)
    A educação profissional feminina no Instituto Parobé nos anos 20
    Este artigo propõe-se a analisar o ideário educativo defendido pelas políticas educacionais dos anos 1920, relativo à educação das mulheres, entendendo-o como expressão significativa da práxis pedagógica da educação profissional feminina no Instituto Parobé. Criado em 1906, o Instituto Parobé constituiu a mais importante escola técnica do Rio Grande do Sul. Desde 1920, o Instituto passou por várias mudanças, como a proposta curricular feminina, que culminaram com a criação do Instituto de Educação, em 1929. Para se compreender a evolução deste contexto da década de 1920, realizou-se um estudo exploratório, resgatando a evolução sócio-político e cultural desta década, a fim de compreender o contexto sob o qual a práxis pedagógica da educação profissional feminina do Instituto Parobé fundamentou-se. Conclui-se que a sociedade brasileira, na década de 1920, foi testada pelas experiências desenvolvidas nas escolas de formação profissional, nas quais novos papéis sociais foram representados, projetando as mulheres como profissionais.
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  • Ana Aparecida Esperdião Constancio (UFPel / ESEF)
    As questões de gênero na Educação Física e a política educacional no Rio Grande do Sul
    O momento atual da política pública educacional do Rio Grande do Sul (RS) tem revelado como as diferentes esferas sociais são atingidas por um conjunto de medidas fundamentadas no neoliberalismo. A escola, enquanto instituição social tem sofrido as conseqüências da política de ajuste fiscal incorporada pelo estado, gestão (2007-2010). Sendo assim, o presente estudo, integra uma dissertação de mestrado, em andamento, cujo objetivo é investigar os impactos da política do governo do estado do RS na prática pedagógica dos professores/as de Educação Física após a determinação da fusão das turmas masculinas e femininas, em 2007, as quais estavam sendo ministradas separadamente, numa realidade específica da rede estadual de ensino. A investigação estrutura-se em dois momentos. No primeiro são discutidas as relações entre as políticas educacionais e a prática pedagógica docente. No segundo abordam-se as questões de gênero nas aulas de Educação Física. Nossa intenção é de discutir e questionar as políticas educacionais e as relações de gênero nas aulas de Educação Física. Até o presente momento, o estudo indicou que vários elementos que permeiam os debates sobre a questão de gênero, em especial na Educação Física, não tem sido considerados na elaboração das políticas educacionais no RS.
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  • Alcione Nawroski (UFSC), Alcione Nawroski (UFSC), Sonia Aparecida Branco Beltrame
    As professoras na educação do campo em Santa Catarina
    O trabalho faz parte do Projeto de Pesquisa: Educação do Campo: políticas e práticas em Santa Catarina, aprovado no âmbito do edital 2008/001 - MEC/CAPES, integrando o Observatório de Educação. Este trabalho procura retratar o perfil dos professores no estado de Santa Catarina, a partir dos dados coletados no censo de 2007 pelo Inep/MEC. O estudo procura salientar dados e ressaltar as diferenças que existem entre campo e cidade, enfatizando a analise sobre os professores e em especial a atuação das professoras que trabalham na educação do campo em Santa Catarina, As questões de gênero demonstram como diferentes povos, em diferentes momentos históricos, classificaram as atividades de trabalho, os atributos pessoais e os encargos destinados a homens e mulheres nas mais diversas áreas, como religião, política, lazer, saúde e educação. Na educação estes dados ficam bastante evidentes quando há um contraste entre os dados apresentados sobre o perfil dos professores que atuam no meio rural e urbano. Em ambas as áreas de atuação existem disparidades entre homens e mulheres que atuam como professores. Uma profissão que já teve uma hegemonia masculina, mas que hoje tem um predomínio de mulheres atuando neste campo.
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  • Amanaiara Conceição de Santana Miranda (SECULT - Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte)
    As tecnicas pedagógicas disciplinando corpos
    Este trabalho tem como objetivo apresentar o produto de uma observação participante em duas escolas municipais e uma escola estadual na cidade de Salvador-BA nos anos de 2007 e 2008 . As escolas municipais atendem o Ensino Fundamental I e a escola estadual atende o Ensino Médio. O tema sexualidade é talvez, o de maior preocupação no ambiente escolar. Causando questionamentos e dúvidas não só nos/as alunos/as e seus familiares, como também nos/as professores/as. E, devido ao lugar que historicamente o/a professor/a ocupa enquanto mediador/a de conhecimento na escola e formador/a de opinião na nossa sociedade acaba sendo convocado/a quase que obrigatoriamente a repensar os valores, as condutas e os modos de conduzir as situações que revelam a questão sexual e de gênero na escola. Assim o objetivo da observação foi identificar situações em que são utilizadas técnicas pedagógicas para disciplinar os corpos de alunos/as em relação a sua performance de gênero e sexualidade. A partir da identificação das situações procurou-se analisar os aspectos observados através do que diz a literatura sobre gênero e sexualidade.
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  • Ana Paula Canotilho de Seixas (Faculdade dePsicologia e Ciências da Educação), Maria José Magalhães, Alice Gradissimo
    Prevenção da violência de género: arte como ferramenta para a mudança social e consciência colectiva
    Esta comunicação centra-se na prevenção da violência de género através da Arte como ferramenta para a mudança social e consciência colectiva. Uma vez que a violência de género é transversal a todas as classes sociais, pensamos que é através da educação para a cidadania e tendo como ferramenta as Artes e uma consciência feminista que nos oferece a possibilidade de uma transdisciplinaridade integradora nas relações de poder na sociedade, “a arte deve ser aclamada como testemunho quotidiano da não-violência como poder”, e como base para a comunidade, não para a separação” (Val A. Walsh, 1998:115).
    A arte é uma linguagem que evolui e que temos seus dialectos próprios, dialectos que variam entre os grupos e que podemos descobrir. A arte cria uma linguagem própria para permitir a comunicação, tendendo cada vez mais a um simbolismo abstracto e conceptual, as palavras perdem sua carga emocional.
    Esta investigação é parte de um projecto de investigação financiado pela FCT – “Amor, Medo e Poder: percursos de vida para a não-violência”, e centra-se na realização de grupos de discussão focalizada (focus groups discussions) com jovens rapazes e raparigas no sentido de compreender como vêem a violência de género, que representações têm, que experiências já percorreram nesta matéria.

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  • Adriana da Silva Thoma (UFRGS), Larisa da Veiga Vieira Bandeira (UFRGS)
    Professoras em formação: traços identidades assumidos frente à diferença e condutas consideradas necessárias para a inclusão
    Que traços identitários são assumidos por futuras professoras quando questionadas sobre quem são diante da diferença e do diferente? Que condutas consideram necessárias para trabalhar com a inclusão de alunos com as denominadas deficiências? Que relações podemos estabelecer entre docência, cuidado, proteção e gênero? Essas perguntas são orientadoras do que propomos problematizar nesse trabalho, a partir de escritas de acadêmicas do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), produzidas na disciplina “Educação Especial e Inclusão”, nos anos de 2008 e 2009. Essa disciplina é oferecida no primeiro semestre do curso e no primeiro encontro de cada uma das turmas das quais reunimos o material a ser analisado nesse trabalho foi solicitado às alunas responderem a pergunta Quem sou eu diante do outro, estranho, anormal, deficiente...? Para as problematizações que faremos, dialogamos com autores que tratam da questão da identidade, como Stuart Hall (1997) e Bauman (2005), bem como autores que tratam do tema diferença no mundo contemporâneo, como Skliar e Larrosa (2001), entre outros. Insegurança, medo, receio, desespero, pena... aparecem como traços identitários dessas futuras professoras. Tolerância, paciência, respeito... como condutas necessárias para se faz
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25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Jaqueline Ap. M Zarbato Schmitt (USJ / Unisul)
    Narrativas, memórias e gênero: o fazer e saber de professores/as em São José/SC
    Este trabalho visa apresentar a pesquisa realizada com profissionais que atuam na rede pública de ensino de São José/SC, em que investigou-se a utilização dos conceitos de sexualidade e gênero nas práticas educativas. As utilizações de conceitos e concepções históricas das relações de gênero e sexualidade foram elementos que contribuiram para a pesquisa, na medida em que forneceram subsídios para compreender os encaminhamentos das práticas de professores, bem como dos 'discursos' assumidos pelos mesmos. A análise fundamentou-se na reflexão sobre as perspectivas e diálogos de Gênero, memória, História e sexualidade.
  • Isabel Pereira Vallebona (FHCE-UDELAR)
    Cuerpo y pedagogía en la década del ´60 en Uruguay
    La década del ´60 hasta el ´70 inclusive marcó un hito importante en relación a las tecnologías del cuerpo (foucault) la mujer se asimiló más a las posturas no tradicionalmente femeninas para la época constribuyó mucho la izquierda en ese imaginario de colectivo trasgresor en las diferentes instancias fuera del espacio colectivo de educación como fueron las asambleas, las "ocupaciones" de centros laborales o estudiantiles, la mujer se asimilaba al varón en su comportamiento, sin que significara que el hombre se integrara al expresionismo femenino. Los espacios internos y privados la mujer dentro de los sectores de la izquierda tomaba el lugar de subordinada el varón.
  • Edna de Oliveira Telles (FEUSP)
    Significados de gênero nos brinquedos e brincadeiras infantis: uma proposta de intervenção nas séries iniciais do ensino fundamental
    Este trabalho apresenta, discute e analisa de que forma os significados de gênero aparecem nas brincadeiras e brinquedos infantis em uma escola municipal de ensino fundamental. Observa-os a partir das relações entre as crianças e destas com os/as adultos/as da escola. Mostra que as crianças vivenciam momentos em que transgridem fronteiras de gênero e outros em que reproduzem estereótipos de gênero, geralmente na relação com os/as adultos/as.
    Analisa, ainda, uma experiência de intervenção nas séries iniciais, por meio da qual foi proposto às crianças o uso de brinquedos com o intuito de ultrapassarem essas fronteiras de gênero.
    A proposta considerou a urgência em trazer questões acerca do brincar no ensino fundamental, devido à implantação do ensino fundamental de 09 anos. Nesse contexto, faz-se mister considerar a categoria gênero na discussão do brincar, visando uma educação para a diversidade e a equidade.


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  • Cláudia Denis Alves da Paz (UnB)
    Dia das Mães e Dia dos Pais: gênero e família na escola
    Este trabalho visa analisar as relações de gênero no trabalho pedagógico em uma escola de Educação Infantil, focando mais especificamente as festas realizadas para comemorar o Dia das Mães e o Dia dos Pais, possibilitando reflexão e análise à luz da categoria gênero. Para atingir o objetivo e colhermos os dados, utilizamos abordagem de investigação qualitativa, na perspectiva etnográfica, possibilitando a interação com os sujeitos em seu cotidiano de forma natural, sem interferir em suas rotinas. Os dados foram levantados por meio de observação participante, notas de campo e grupo de discussão, durante o ano de 2008, para uma pesquisa de mestrado. O processo de organização e desenvolvimento das festas traduziu uma concepção fixa de gênero e um modelo tradicional de família, que foi reproduzido e reafirmado. Esse estudo nos revelou que as profissionais da educação desconsideram a influência de suas práticas na construção das identidades de gênero das crianças e que as crianças, na escola, são expostas a modelos de identidades fixas de masculinidade, feminilidade e família. A articulação entre gênero, educação infantil, trabalho pedagógico e formação (inicial e continuada) das profissionais de educação ainda representam um desafio a ser superado.
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  • Daniel Alves Boeira (UDESC)
    Alunos ou prisioneiros? O caso do patronato agrícola de Anitápolis/SC (1918-1930)
    Durante a Primeira República (1889-1930), o estado brasileiro, imbuído dos discursos de modernização que apregoavam o controle da população, principalmente daqueles segmentos considerados “perigosos”, criou instituições como os Patronatos Agrícolas. Em Santa Catarina, foi fundado no ano de 1918 o Patronato Agrícola de Anitápolis que funcionou até 1930. As crianças e jovens atendidas eram “removidas” do Rio de Janeiro (capital da República) e mandadas para estas instituições, que tinham a finalidade de instruir e renegerar.
    O ensino nestas instituições tinha o propósito de transformar crianças e adolescentes em jovens trabalhadores. Esta política educacional muitas vezes causava atritos entre educadores e educandos. O público atendido nesta instituição era formado por “menores”, muitos destes eram tidos como vagantes e desocupados, considerados perigosos, que andavam na contramão da pedagogia do progresso e do discurso modernizador. Nosso objetivo é tentar elucidar esta trama social através do olhar historiográfico, mostrando a relação de forças entre a instituição (patronato) e seus alunos (menores), através da análise de prontuários, relatórios e fichas.

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  • Helena Dória Lucas de Oliveira (UFRGS)
    Gênero, infância e pedagogias financeiras: modos de lidar com dinheiro nas práticas matemáticas de livros didáticos
    O trabalho a ser apresentado inscreve-se nos campos dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais que se aproximam de referenciais pós-estruturalistas, apoiados na teorização de Michel Foucault. A partir de resultados de pesquisa, examinarei que pedagogias financeiras, educam crianças urbanas inseridas em processos de escolarização contemporâneos, produzindo determinados modos de lidar com dinheiro. Significarei o que chamo de pedagogias financeiras, explicitando sua constituição na articulação de, principalmente, dois discursos. Sublinharei fragmentos do discurso da educação matemática veiculados em duas coleções de livros didáticos para os anos iniciais do Ensino Fundamental, que apresentam convergências, reiterações e rupturas com o discurso da educação financeira. Este último é propagado por uma linha editorial de livros que prescreve modos eficazes de sujeitos infantis e adultos gerenciarem responsavelmente seu dinheiro. Analisarei práticas culturais apresentadas como enredos de problemas escolares que diferenciam e constituem meninos de meninas em seus modos de conseguir, gastar e guardar dinheiro.

26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Neiva Furlin (UFPR), Marlene Tamanini (UFPR)
    Narrativas de si: processos de subjetivação de mulheres docentes em teologia
    Os cursos de nível superior em teologia tem sido historicamente o “não lugar das mulheres”, marcado por formas de organização androcêntricas, tanto na sua constituição como na produção do saber teológico, cujo discurso legitimou a exclusão e a invisibilização das mulheres nos espaços sócio-eclesiais. Somente a partir da década de 70, as mulheres começaram a inserir-se no campo da formação teológica, ainda que de forma pouco expressiva e, mais tarde no campo do ensino e da produção acadêmica. Nesse trabalho, a partir das narrativas de mulheres docentes no ensino superior de teologia, em instituições católicas, procura-se compreender, como essas mulheres fazem da teologia e da docência um caminho de reinvenção de si mesmas; como se constituem em sujeitos éticos, como se capacitam e se subjetivam para ressignificar discursos, relações, fazer escolhas e resistir aos poderes normalizadores das instituições de saber teológico. Exercer funções na docência de teologia é também produzir narrativas que, mais do que simples relatos cronológicos, são processos analíticos vinculados a uma biografia de vida, coerentes com um sistema de valores e práticas que se costuram em relações de sentidos, em modos de inserção e em comprometimentos complexos, com conseqüentes processos de subjetivação.
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  • Liane Aparecida Roveran Uchoga (Unicamp), Helena Altmann (Unicamp)
    Relações de gênero nos diferentes conteúdos da Educação Física escolar
    Este estudo é parte de uma pesquisa de Mestrado que pretende analisar como se dá as relações de gênero em aulas de Educação Física da 6a e 8a série do ensino fundamental que seguem os conteúdos sugeridos pela proposta curricular do Estado de São Paulo e como essa diversificação de conteúdos e de abordagens metodológicas influenciam nas relações de gênero estabelecidas. Através de uma pesquisa de tipo etnográfica, ela busca entender até que ponto a diversificação de conteúdos e abordagens metodológicas interferem nas relações de meninas e meninos nas aulas. Além disso, através de entrevista com professores(as) de Educação Física, buscaremos entender os conflitos, dificuldades e facilidades para ministrar tais conteúdos para meninas e meninos conjuntamente. Para atingir os objetivos propostos, serão observadas aulas da 6ª e 8ª séries de uma escola pública do Estado de São Paulo em que o(a) professor(a) tenha simpatizado com a porposta curricular e a esteja seguindo em suas aulas, além de entrevista semi-estruturada com o(a) professres(as) de Educação Física das salas observadas.
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  • Mayra Calandrini Guapindaia (UnB)
    Relações de gênero, pensamento pedagógico e reforma política na ilustração portuguesa
    Este trabalho analisa as reflexões pedagógicas sobre homens e mulheres durante o movimento ilustrado português na suposição que as diferentes concepções de educação da época revelam representações das relações de gênero e perpetuam as desigualdades entre os sexos. O enfoque da pesquisa recai sobre os discursos pedagógicos de alguns influentes autores que atuaram no contexto da ilustração: António Verney, Ribeiro Sanches e Azeredo Coutinho. Tanto o movimento intelectual da ilustração quanto as reformas educacional e administrativa do reino ganharam impulso durante o período pombalino (1750-1777). Dos autores analisados, Verney e Sanches foram responsáveis por inspirar a reforma educacional e formularam novos discursos sobre a educação feminina e masculina. Na visão dos autores, a educação feminina seria interessante para a reforma política, uma vez que as mulheres seriam as primeiras mestras dos futuros homens de Estado. Já Azeredo Coutinho, apesar de ter atuado após o período pombalino, tomou medidas que buscaram dar continuidade ao projeto ilustrado na América Portuguesa. Coutinho também produziu discursos sobre a educação de homens e mulheres e por isso merece especial atenção neste trabalho.
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  • Tânia Mara Pereira Vasconcelos (UNEB)
    Professora, mãe ou santa: as professoras paroquiais de Serrote (BA, 1941-1957)
    Esse estudo se propõe a analisar concepções de gênero referentes ao papel das professoras paroquiais no Povoado de Serrote, pequena comunidade no sertão da Bahia, entre 1941 e 1957. Essas professoras exerciam funções que ultrapassavam muito o papel pedagógico; seu trabalho, associado a uma missão, era imbuído de um ideal religioso. Na ausência do padre elas realizavam todo o trabalho assistencial e religioso na comunidade. No período estudado elas eram todas mulheres e solteiras; essa era uma opção do Padre Alfredo (diretor das escolas paroquiais) e estava associada a questões morais, refletindo o ideal missionário esperado das mesmas. Apesar de a maioria não ser freira, as professoras paroquiais estavam sujeitas a um rígido controle do comportamento, sendo que os valores morais se sobrepunham à competência profissional na escolha ou em sua permanência na escola. No entanto, havia resistências a esse sistema, identificadas através do cruzamento das diferentes fontes utilizadas na pesquisa (depoimentos orais, documentos escolares, jornais e fotografias), sendo possível perceber uma distância entre a norma e a prática.
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  • Wills Dias da Costa (Universidade di Bicocc di Milano - Italia)
    A participação da mulher e a sociologia da educação na formação de professores(as) indígenas no Amazonas: desafios e perspectivas
    A experiência de formação de professores indígenas da Universidade do Estado do Amazonas apresenta elementos importantes para se pensar as relações de gênero e os novos paradigmas da etnociência na região. Partindo das pistas apresentadas pela disciplina de Sociologia da Educação Indígena, foi possível identificar a significativa presença de alunas indígenas no curso e as possibilidades de novas elaborações epistemológicas a partir deste contexto e experiência.
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  • Norma Maria Meireles Macêdo Mafaldo (UFPB), Edna Maria Lopes da Silva (UFPB), Luciana Cândido Barboa (UFPB)
    Quem sou eu mulher-educadora? Análise de memoriais das cursistas do GDE na Paraíba
    Uso pedagógico do memorial é uma estratégia importante quando se objetiva a reflexão situada no tempo, no espaço, no corpo e na subjetividade, portanto o exercício da reflexividade na própria formação. A reflexividade é imprescindível, sobretudo na formação docente, para se compreender a formação de sujeitos de gênero no contexto de relações de dominação persistentes, e se engajar em ações pedagógicas não reprodutoras, crítico-transformadoras do sexismo, androcentrismo e heterossexismo. Este texto analisa memoriais produzidos por alunas do Curso de Extensão/Aperfeiçoamento “Gênero e Diversidade na Escola”, oferecido pelo NIPAM/UFPBVIRTUAL/UAB/SECAD/SPM, no segundo semestre de 2009, para 11 pólos UAB no estado da Paraíba. A análise textual compreende um recorte de 82 memoriais de cursistas, a maioria educadoras em exercício, dos pólos de João Pessoa, Araruna e Mari, e atenta para as articulações entre corpo, gênero e sexualidade na apresentação e representação de si, comparando-se grupos de idade, origem rural e urbana, e configuração familiar; e destacando-se a experiência escolar dos sujeitos.
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  • Maria Aparecida Rezende (UFMT), Luiz Augusto Passos (UFMT)
    O que acontece no cotidiano das mulheres xavante das aldeias Pimentel Barbosa e Marãiwatsede
    Este estudo é comunicação de parte de uma pesquisa para obtenção do título de Doutorado, realizada no Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de Mato Grosso e, que pretende compreender a educação das mulheres Xavante que se autodenominam A’uwẽ da Reserva Pimentel Barbosa e Terra Indígena Marãiwatsede, registrando as ações sociais, sejam coletivas ou individuais e entender de que modo a educação escolar interferiu na educação da mulher Xavante. Coloco essa pesquisa em três fases: a primeira minha vivência nas aldeias em que o foco não era as mulheres, mas convivi com elas e essa condição implicou em uma participação observante, que busco sistematizar. A segunda é a parte da revisão bibliográfica que traz contribuições significativas, nas raras pesquisas realizadas com eles, que me ajudam a entender um pouco mais deste povo, e neste contexto, a indelegável dimensão das relações sociais de gênero na produção da vida cotidiana, A terceira fase é o meu retorno às aldeias na intenção de coletar impressões com o olhar voltado para o universo feminino, inspirada nas percepções e nas leituras que realizo. Estou na segunda fase, mas já com o consentimento das duas comunidades pesquisadas.
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