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74.1 Trajetórias e experiências em Gênero e Diversidade na Escola

Coordenador@s: Leandro Castro Oltramari (UNISUL / UNIVALI), Tito Sena (UDESC)
Nos últimos anos projetos de Ensino a Distância vêm sendo trabalhados em Instituições de Ensino Superior do país e, dessa forma, têm formado e instrumentalizado professores do Ensino Fundamental e Médio em relação ao Gênero e Diversidade. Neste Simpósio ter-se-á a possibilidade de compartilhar as experiências dos docentes, tutores e público alvo, tecendo considerações sobre as práticas e estereótipos e apontando para a possibilidade de mudanças socioculturais por meio da incorporação e da discussão do Gênero e da Diversidade na Escola.

Local: Sala 04 do CSE

Resumos


24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Fabiane Lopes Teixeira (UFPel), Alvaro Moreira Hypólito
    Investigando os discursos de alguns profissionais da educação da rede pública da região sul do RS sobre diversidade e gênero no espaço escolar
    Através da minha pesquisa de Mestrado pude desestabilizar alguns significados atribuídos às questões relacionadas aos corpos, aos gêneros e às sexualidades. Nela, analisei práticas e discursos direcionados aos/às adolescentes e que contribuem para a constituição de suas identidades. Assim, foi possível adentrar na perspectiva dos Estudos Culturais, concebendo as relações de gênero e a construção dos corpos como construtos culturais, problematizando a sexualidade como uma construção histórica e cultural que, ao correlacionar comportamentos, linguagens, representações, vai inscrevendo tais construtos nos corpos dos sujeitos. A análise das narrativas permitiu problematizar a identidade/diferença na escola e como práticas, discursos e normas vão construindo o que é normal/anormal, educando o corpo e produzindo meios legítimos de experimentar o gênero e a sexualidade. Meu projeto de Doutorado prevê investigar discursos de educadores/as sobre questões relativas à sexualidade e às relações de gênero, no que se refere ao campo da igualdade de gênero; diversidade sexual, raça/etnia; enfrentamento ao sexismo e à homofobia e defesa dos direitos reprodutivos dos/as alunos/as. Surge aqui a necessidade de analisar como alguns/as profissionais vêm lidando com essas questões na escola.
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  • Flávia Fernandes de Carvalhaes (Faculdade Pitágoras de Londrina), Marcela Lima da Silva (Faculdade Pitágoras de Londrina)
    Gênero e sexualidade: o que a escola tem a ver com isso ?
    Na lógica disciplinar que atravessa práticas e discursos desde o início da Modernidade, a escola, dentre outras instituições, consolida um espaço importante na produção e reprodução de normas sociais. Tal característica instaura o contexto escolar, muitas vezes, como resistente a propostas críticas e inovadoras, como as questões que permeiam os estudos de gênero. Badinter (1985), Donzelot (1986), Foucault (1988) e Laqueur (2001), entre outros autores, analisam que, ao longo da história, os corpos feminino e masculino têm sido alvos de inscrições discursivas e objeto de disciplinarização e controle, sendo atravessados pela física e pela microfísica dos poderes. Nesse sentido, a presente proposta de pesquisa em andamento busca mapear e refletir sobre as dificuldades dos professores do ensino fundamental e médio da cidade de Arapongas em questionar questões de gênero no contexto escolar. Foram utilizados questionários como instrumento de coleta de dados, aplicados a 50 professores, funcionários e equipe pedagógica, com o objetivo de apreender suas concepções sobre gênero e diversidade sexual, e como são articulados os discursos dos programas de educação sexual nas escolas e material didático utilizado.
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  • Amanda Maurício Pereira Leite (UFSC), Elisangela da Silva Machieski (UNESC)
    Educação à distância: formação em gênero e diversidade na escola
    Computador, Internet, tecnologias, distância, presença e aprendizagem são palavras comuns nos cursos ofertados na modalidade de Educação à Distância (EaD). Neste artigo refletimos sobre a experiência como tutoras presenciais e à distância na formação de professoras/es no curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE), na cidade de Braço do Norte/SC. Lançamos algumas questões: De que forma o atuar dentro do on/off line consegue proporcionar o ensino e a aprendizagem na EaD? Como as ferramentas da plataforma Moodle podem ajudar a/o cursista a compreender os conteúdos, desenvolver as atividades e estabelecer a interação com o grupo do qual faz parte? Quando os feedbacks (presenciais e virtuais) se tornam aliados ou inimigos ao longo do processo de formação? Como se deu a participação dos/as professores/es cursistas nas atividades solicitadas e a compreensão sobre os conteúdos abordados? Registramos queixas das/os cursitas quanto ao uso das novas tecnologias e a falta de familiarização com o ambiente virtual de ensino e aprendizagem. A formação trouxe mudanças na prática pedagógica de educadores/as que passaram a problematizar no cotidiano das escolas as questões de gênero, sexualidades, relações étnico-raciais e outros temas que atravessam a vida.
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  • André Heloy Avila (UNEB), Maria Juracy Filgueiras Toneli (UFSC)
    Processos singulares de produção da educação sexual escolar: as diversidades
    Atualmente se cobra uma atuação da educação sexual escolar também na direção do combate às discriminações de gênero ou sexuais. O sistema público e seus professores/as, a despeito dos esforços despendidos na direção da capacitação docente, porém, não se mostram preparados para tal. Os conhecimentos ou desconhecimentos de informações científicas e das diretrizes éticas adotadas pelo Estado implicam-se nos processos de produção das posturas profissionais, tanto quanto nas “crenças pessoais”. Estas últimas, amalgamadas singularmente a sua experiência de vida e vivência profissional, se mostraram sustentando não só a constituição dos sujeitos, mas também as possibilidades das três professoras e do professor investigados lidarem com a educação sexual. Ou seja, pontualmente e tentando ‘ajustar’ as “manifestações de sexualidade inadequadas” emergentes em sua escola, a partir de uma abordagem “pessoal” do tema. O presente texto discute esse cenário, com o foco na processualidade mediada, histórica que, no caso, expõe a submissão da postura profissional a posições “pessoais”.
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  • Andrêsa Helena de Lima (UFLA), Luciene Aparecida Silva (UFLA)
    O desafio da formação continuada de educadoras/es no “Programa Educacional de Atenção ao Jovem – Peas/MG”: discutindo gênero, afetividade e sexualidade
    Inserir no cotidiano escolar as discussões sobre sexualidade, afetividade e gênero é desafiador, por tratar-se de temáticas cercadas de mitos e tabus e ainda não garantidas nos currículos de formação inicial de educadoras/es. Raras instituições de ensino superior incluem esta temática em seus currículos. Sendo assim, formar educadoras/es nas temáticas da sexualidade humana é pertinente e compromisso político. Assim, ao implantar o PEAS, “Programa Educacional de Atenção ao Jovem”, na Escola Estadual Jaime Ferreira Leite, no município de Itutinga, Minas Gerais, assumimos o referido compromisso fazendo valer o regime de colaboração entre as instâncias estadual e municipal. Com este artigo pretendo analisar o processo de implantação do PEAS com foco na formação das/os educadoras/es para trabalharem com as temáticas de sexualidade e gênero. Objetiva-se, portanto, problematizar se tal formação contribui para o despertar de novos posicionamentos dessas/es profissionais no cotidiano escolar.
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  • Eva Verônica Nunes Neves (UFRPE), Geórgia Daniella Feitosa de Araújo Ribeiro, Maria do Rosário de Fátima Andrade Leitão (UFPE)
    Gênero e diversidade: derrubando barreiras sócio-culturais na formação de professoras/es
    As discussões em torno de uma educação inclusiva trouxeram por parte do Governo Federal, cursos de EAD voltados aos educadores e profissionais da educação básica, cujos objetivos é promover uma postura crítica em relação aos processos sócio-culturais, dos conceitos e estereótipos presentes na educação escolar. Pretende-se aqui apresentar uma analise das discussões e reflexões, com base no curso de Gênero e Diversidade na Escola, observados em três encontros presenciais, com educadores dos municípios de Pesqueira e Jaboatão, estado de Pernambuco, discorrendo sobre discurso versos introspecção e a dificuldade destes em lidar com questões relacionadas à identidade de gênero. O preconceito na região reforça o preconceito dentro da escola, entre alunos/as e educadores/as, que reproduz um ciclo vicioso, excludente e desumano. Para os professores e profissionais da área, as temáticas propostas trouxeram novos horizontes, horizontes libertadores que prometem gerar novas posturas não só dentro da escola mas na sociedade local.
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  • Carolina Faria Alvarenga (UFLA)
    Saberes, vivências e sentimentos de professoras/es sobre gênero e diversidade sexual na Educação Infantil
    Este trabalho analisa as políticas de formação continuada docente nas temáticas de gênero e sexualidades, em especial, no curso de extensão intitulado "Tecendo gênero e diversidade sexual nos currículos da Educação Infantil", destinado a professoras/es desse nível de ensino, por meio da parceria de cinco universidades públicas. Busca compreender com quais questionamentos e inquietações as/os professoras/es iniciam o curso. Como instrumentos metodológicos, foram utilizados questionários, que visaram uma abrangência maior de informações, possibilitando a construção de uma breve caracterização do grupo. O outro instrumento constou da produção de um texto pelas/os docentes, possibilitando a problematização dos saberes, vivências e sentimentos das/os cursistas em relação à temática. Para além da caracterização profissional, das problematizações das dúvidas e questionamentos das cursistas, o artigo discutirá a inserção das temáticas de gênero e sexualidade na formação inicial e nos cursos de formação continuada, elencando indicadores para as políticas públicas.
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  • Ana Cristina Conceição Santos (UFAL)
    Formação de professoras(es) em gênero e sexualidades: novos saberes, novos olhares
    Este artigo apresenta uma reflexão e faz uma análise do curso “Formação de Educadores em Sexualidades e Gênero” para a formação continuada de professoras da Rede Estadual de Educação da Bahia. O curso teve como objetivo promover uma qualificação de professores para a utilização de uma prática educativa voltada para as questões de gênero e sexualidade. O mesmo aconteceu na modalidade à distância, tendo carga horária de 40 horas e foi promovido pelo Instituto Anísio Teixeira. Apresentaremos, a partir de uma reflexão, e analisaremos os resultados da participação dos docentes e para isso, retomaremos os conceitos de gênero, sexualidade, orientação sexual e identidade de gênero através de um olhar crítico sobre a construção da heterossexualidade que obriga aos binarismos macho/fêmea, sexo/gênero e que historicamente contribuem para a manutenção de práticas sexistas e homofóbicas no ambiente escolar; quais os conhecimentos e visões que os docentes apresentavam sobre a temática antes de iniciar o curso e como os novos conhecimentos contribuíram para a ressignificação de suas práticas. O intuito da investigação é contribuir com os estudos que abordam a questão dos direitos humanos, gênero e sexualidades e afirmar o respeito às diferenças no espaço da escola.
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  • Francisco Fred Lucas Linhares (UFRN), Manuelle de Oliveira Inácio (UFRN), Marluce Pereira da Silva (UFRN)
    Processos de constituição de subjetividades em práticas discursivas institucionalizadas: entre a disciplina e a biopolítica
    Essa proposta de trabalho tem como questão central o modo como os discursos de patologização da sexualidade e do gênero em discursos de alunos(as) do curso de Letras da UFRN e a relação saber/poder inscrevem tipos de subjetividades marcadas pela anormalidade.Temos como objetivo principal: problematizar práticas discursivas atravessadas pelos discursos de patologização da sexualidade e do gênero em narrativas de alunos(as) do curso de Letras da UFRN ao produzirem subjetividades patologizadas a partir de performances de gênero e de sexualidade dissidentes. Para tanto, seguiremos algumas ferramentas analíticas pensadas por Foucault concernetes às relações de poder e saber, disciplinarização dos corpos, biopoder (FOUCAULT,1988; 1996; 1998; 2001) e modos de subjetivação; assim como noções as de gênero e sexualidade pensadas no domínio dos estudos Queer (BUTLER, 2008); além de dispositivos analíticos advindos da Análise do Discurso de filiação francesa (ORLANDI, 2004).
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25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Isadora Vier Machado (UFSC), Josiane Rose Petry Veronese
    “Meninas invisíveis”: uma discussão sobre diversidade de gênero e proteção integral no sistema sócio-educativo brasileiro
    Parte-se da constatação inicial de que a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher pretende modificar a condição das mulheres presas no Brasil, omitindo-se, contudo, quanto às adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação. A partir de dados bibliográficos do Direito, de teóricas feministas e informações levantadas em pesquisa exploratória realizada no Centro de Socioeducação de Ponta Grossa-PR, instituição mista cuja estrutura já foi premiada nacionalmente, pretende-se dar luz à situação das jovens institucionalizadas brasileiras, destacando a importância do respeito à diversidade de gênero nesses espaços. Esta é, inclusive, uma das recomendações expressas do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, política nacional hoje convertida em projeto de lei (PL 1.627-B/07) e que visa promover melhores condições para a execução da sócio-educação. O respeito às diversidades de gênero nas unidades sócio-educativas é, portanto, um pré-requisito para a promoção da chamada proteção integral das adolescentes em conflito com a lei no Brasil. Ao analisar alguns aspectos ligados à proteção integral dessas jovens, sob a ótica da diversidade de gênero, é possível chamar a atenção para uma categoria de sujeitos antes relegados à condição de invisibilidade.
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  • Margareth Diniz (UFOP), Shirley Aparecida Miranda (UFMG), Paulo Henrique Q. Nogueira (FAE - UFMG)
    Gênero e sexualidade na formação docente para a diverisdade: possíveis deslocamentos
    Análises sobre o ambiente escolar na perspectiva de gênero consideram-no parte integrante dos dispositivos de poder que constituem e sustentam a heterossexualidade normativa. Nesse sentido, a educação dos corpos, para produção de uma sexualidade ‘normal’ opera-se por meio de uma pedagogia sutil, discreta, contínua, mas, quase sempre, eficiente e duradoura (LOURO, 1999). Seria possível uma prática educativa escolar que transformasse o tratamento da sexualidade e gênero abrindo horizontes para novos significados e valorizações sobre os currículos? Essa pergunta orientou o desenvolvimento do Curso de Pós Graduação em Educação Inclusiva, com ênfase em gênero e sexualidade, desenvolvido pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) em parceria com a Prefeitura Municipal de Contagem/MG.
    O presente trabalho discute as relações de gênero e sexualidade no contexto dos desafios e possibilidades colocados para as escolas. Para essa reflexão procede-se a uma análise dos projetos de intervenção produzidos pelos/as docentes em formação em três pólos: docência e gênero; educação sexual na escola; gênero raça/etnia.

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  • Geisa Orlandini Cabiceira (UNESP - Presidente Prudente), Maria de Fátima Salum Moreira (UNESP - Presidente Prudente)
    Outros olhares para o gênero e a sexualidade: desdobramentos para uma infância que fala
    O presente texto trata de uma pesquisa de mestrado realizada com crianças de uma escola estadual, entre 10 a 12 anos de idade, da 4ª série do EF (recuperação de ciclo). Traz a discussão sobre os significados que essas crianças atribuem às condutas sexuais e eróticas relativas aos prazeres sexuais e/ou desejos corporais, as relações de gênero e a infância. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa e a sua metodologia inspirada nos estudos etnográficos com crianças, com ênfase nos aspectos culturais e simbólicos das experiências sociais e na sociologia da infância. Para tal empreendimento foram utilizados: observações diretas, entrevistas, dinâmica, coleta de questionário aberto sócio-econômico e cultural, questionário aberto às professoras da sala, pesquisa documental, relatos orais. Os pronunciamentos das crianças elucidam que as relações sexuais ocorrem por meio do coito anal e pela vagina e também acreditam que as crianças nascem pelo ânus, barriga e vagina. O namoro é concebido como momento de carinho, de beijar, de prazer e de se manter relações sexuais, esta última, é exercida apenas por adolescentes e adultos. As suas experiências com o namoro são marcadas pela idéia do “ficar”.
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  • Luciene Aparecida Silva (UFLA)
    A formação discente no interior de um projeto de extensão universitária: desafios e possibilidades ao discutir sexualidade e gênero
    A formação continuada dos/as profissionais da educação nas temáticas da sexualidade humana instiga e desafia a construção de metodologias participativas que provoquem, sensibilizem e qualifiquem aqueles/as que a este ofício se dedicam. Na perspectiva de ampliar o conceito de sexualidade com metodologias participativas, proponho neste artigo discutir a formação dos/as bolsistas no projeto de extensão universitária “Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nos Currículos de Educação Infantil” proposto pela UFLA/DED e desenvolvido conjuntamente nas Universidades, UFMS, UFJF, UNICAMP, USP-Leste. O Projeto objetiva qualificar técnica e politicamente 500 profissionais que atuam na educação infantil com vistas a implementar a educação para as sexualidades e gênero para crianças de 0 a 6 anos intencional e sistematicamente nas instituições de educação infantil. O foco deste artigo é o processo de formação dos/as discentes bolsistas nestas temáticas, refletindo as metodologias, discursos, heteronormatividades, preconceitos e desconstruções possíveis ao longo da caminhada, através de observação participativa, análise das avaliações e do diário de campo, numa perspectiva pós-estruturalista.
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  • Liane Kelen Rizzato (USP)
    Professores, professoras e as questões de gênero, sexualidade e homofobia na escola: articulações com formação docente continuada
    Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir iniciativas recentes de políticas públicas de formação docente continuada em gênero, sexualidade e homofobia como ações originárias do Programa Federal Brasil sem Homofobia e do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Propõe um estudo de professores/as participantes de uma dessas iniciativas realizada na rede estadual de ensino da cidade de São Paulo em 2007, visando verificar as percepções desses/as sobre as temáticas discutidas no curso e o modo como lidam com essas questões em sua prática como educadores/as. Os procedimentos metodológicos se baseiam em análise documental de edital e projeto de formação, entrevistas com equipe técnica responsável pelo curso e entrevistas com professores/as que participaram da formação continuada. Frente ao quadro de despreparo dos/as profissionais da educação para lidarem com essas questões, a coleta de dados poderá contribuir para um melhor entendimento dessas políticas de formação docente continuada e para a inserção da discussão de gênero e sexualidade no currículo dos cursos de graduação para formação de professores. O silenciamento dessas discussões na escola é o mesmo que negar as plurais identidades de gênero e orientações sexuais e insistir no padrão dicotômico masculino/feminino.
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  • Livia Monique de Castro Faria (UFLA)
    Entretecendo ludicidade, gênero e sexualidade na formação de educadoras e educadores: possibilidades e potencialidades para a educação infantil
    Este trabalho problematiza o material empírico decorrente de um questionário semi-estruturado, da observação participante e da técnica etnográfica do diário de campo, no monitoramento e avaliação de um curso denominado: O Lúdico na Educação Infantil, ministrado para profissionais da educação infantil de nove cidades do sul de Minas Gerais, parceiras da Universidade Federal de Lavras para a oferta do Curso de Pedagogia: Licenciatura para Educação Infantil – modalidade a distância, do Consórcio Pró-Formar (UFMS, UFMT, UNEMAT, UFLA, UFOP, UFSJ, UFES). O referido curso prevê a implementação de brinquedotecas, um espaço onde se valoriza a atividade lúdica, ou seja, que distingue-se pelo prazer e satisfação que proporciona as crianças. No processo de formação das educadoras, com a tônica na ludicidade, foi estratégico utilizar a proposta metodológica que se materializa nas tendas temáticas denominadas: Nas Tendas da Sexualidade e Gênero para problematizar as relações de gênero, sexualidades, educação, artes, lúdico, brinquedos, brincadeiras, formação de educadoras e educadores. O trabalho, portanto, discutirá as possibilidades dessa proposta metodológica na formação de educadoras e educadores.
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  • Kaciane Daniella de Almeida (UTFPR), Marlene Tamanini (UFPR), Nanci Stancki da Luz (UTFPR)
    Genero, sexualidade e educação: percepção do/a docente
    Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa monográfica realizada em Curitiba no ano de 2009 com onze professores da rede pública de ensino, cujo objetivo foi analisar a perspectiva dos professores/as de diversas áreas de conhecimento sobre as relações de gênero e sexualidade presente no ambiente escolar. Buscou-se perceber como eles/as trabalham essas questões e como as mesmas se inserem em um debate mais amplo que é a constituição de novos conceitos para as práticas escolares, bem como perceber se há reprodução de situações homofóbicas e sexistas.. A pesquisa tinha cunho qualitativo e a coleta de dados foi feita a partir de entrevistas. A análise considerou os relatos docentes quanto suas práticas em sala de aula, o conteúdo e as imagens dos livros didáticos e materiais que utilizam, verificando possíveis diferenças de tratamento entre meninos e meninas, se a educação escolar tem contribuído para a construção da igualdade de gênero e quebra das barreiras no que se refere à discussão de gênero e sexualidade no cotidiano escolar.
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  • Marcos Paulo de Oliveira Sobral (UNIT / SEMED-SE), Lucyana Sobral de Souza
    Política nacional de formação de professores; e agora professora(or) vamos falar sobre gênero e diversidade na escola?
    O objetivo deste trabalho é o de analisar orientação discursiva que embasam os programas de formação inicial e continuada de professores/as, sobre a construção de gênero, ou seja, sobre as diferenças entre o masculino e o feminino, calcados nos princípios, concepções processos identitários e nas formas de apreender e fazer a socialização de informações e conhecimentos sociais, culturais e políticos que se apresenta quanto à orientação sexual escolar. Desta forma, trabalhamos, com os/as professores/as participantes do Programa de Formação docente denominado Hora de Estudo, desenvolvido pela Rede Municipal de Educaçã de Aracaju. O estudo contempla a análise da comunidade escolar por um questionário e organizamos a tabulação dos dados obtidos e em confronto com as questões apontadas nas entrevistas desenvolvidas. Muitos docentes quando indagados sobre questões de gênero e de sexualidade, ficam incomodados quanto ao assunto. Precisamos perceber os pontos nevrálgicos dos programas de capacitação e fazer com que a formação de professores (as) seja um lócus privilegiado para os debates e as reflexões que gerem um olhar para o universo da escola e para a diversidade de gênero existente.
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  • Marcos Lopes de Souza (UESB), Marcos Salviano Bispo Queiroz (UESB), André Luiz Faria
    Tem diversidade na sala de aula: a experiência da formação continuada de educadoras nas temáticas relativas às identidades de gênero e sexuais
    Este estudo investigou as contribuições de um curso de formação continuada no enfrentamento ao preconceito e discriminação de gênero e de diversidade sexual na escola. O curso foi desenvolvido entre os meses de maio a dezembro de 2009, perfazendo uma carga-horária total de 180 horas. Participaram da investigação 26 professoras de algumas escolas públicas e particulares da cidade de Jequié-BA. Os dados foram coletados por meio das anotações feitas pelos ministrantes do curso e pela monitora do projeto; por intermédio dos escritos produzidos pelas participantes nas diferentes atividades desenvolvidas e mediante aplicação de questionário ao final do curso. Constatou-se que as participantes repensaram em suas concepções internalizadas sobre as questões de gênero, especialmente no que se refere à masculinidade e feminilidade. Reconheceram seus preconceitos sobre as identidades sexuais não-hegemônicas e perceberam a dificuldade de superá-los, especialmente quando se referem à transexualidade. Ao final do trabalho, sentiram-se mais seguras e “abertas” em discutir sobre o sexismo e homofobia nas escolas em que atuam e se convenceram da relevância de acolherem e apoiarem seus(suas) estudantes lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
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26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Rogério Machado Rosa (UDESC)
    Corpos híbridos na docência: das masculinidades marginais à est(ét)ica da existência
    Esse processo, este trabalho objetivou investigou o modo como professores de Ensino Médio que não estão integrados nos domínios da masculinidade hegemônica, constroem e experienciam seus corpos e suas masculinidades na relação com atividade docente. Entrevistei seis (06) professores de idade entre 28 e 47 anos de idade com a intenção de conhecer como percebem o processo de constituição de seus corpos e de suas masculinidades na relação com o exercício da docência. Privilegiei o uso da Análise do Discurso para compor as reflexões e as sínteses explicativas referentes às narrativas dos sujeitos entrevistados. A título de conclusão, esse estudo possibilitou considerar que os corpos e as masculinidades não hegemônicos dos professores são potencializados em seu processo constitutivo, nos encontros que estabelecem com os discentes. A sala de aula e outros espaços da escola, tornam-se pontos de encontros onde ocorrem trocar de saberes, experiências e afetos que produzem transformações nos corpos e nos modos de ser homem desses sujeitos. A relação pedagógica entre alunos/as e professores, torna-se um espaço produtor de heterotopias: forças criativas que incidem sobre os corpos e masculinidades dos docentes e neles instaura uma nova est(é)tica da existência.
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  • Tatiane da Silva Sales (UFBA)
    Gênero e sexualidade: importância da formação profissional pelo curso Gênero e Diversidade na Escola no Estado do Maranhão
    A educação básica tende a ampliar-se à medida que alun@s interagem num mundo cada vez mais complexo refletindo isto na sala de aula. Desta forma, a escola em sua função social deve desenvolver abordagens mais direcionadas para as diversidades que as contemplam, e questões como gênero e sexualidade destacam-se no ambiente escolar, fato este que requer melhor preparação por parte dos professores, pois a maioria das licenciaturas não contemplam estas questões em seus currículos acadêmicos. A partir desta necessidade social, o Governo Federal lançou um programa com o curso de aperfeiçoamento, à distância, nas áreas de Gênero e Diversidade Sexual e Étnico-racial, Gênero e Diversidade na Escola (GDE). Este trabalho se propõe a analisar a importância da implantação deste curso no estado do Maranhão, inserindo-o no contexto educacional e social deste estado, enfatizando a necessidade de formação profissional nestas áreas e analisando também as dificuldades, problemas e possíveis ações a serem desenvolvidas nas escolas registrados pel@as docentes no curso. No Maranhão, este curso se deu através da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Núcleo de Educação à Distância (NEAD), possibilitando sua oferta para dois municípios, Imperatriz e Porto Franco, nos anos de 2009/2010.
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  • Silvia Pereira da Silva Rios (UFRJ), Cláudia Márcia Trindade Fanelli (UFRJ), Regina Celi Ribeiro Pereira (UFRJ)
    Papo Cabeça: que papo é esse?
    Há na literatura sobre educação em sexualidade uma infinidade de controvérsias e estas, muitas vezes, estão relacionadas a diferentes visões filosóficas, pedagógicas e metodológicas dos autores da área sobre o assunto. A concepção de educação em sexualidade deste trabalho considera que essa expressão dá ao educando um lugar de sujeito no processo de aprendizagem. Trata-se de um processo contínuo que se dá ao longo da vida que sofre interferência da família, da escola, da religião, da cultura.O Programa Papo Cabeça, através de um projeto de intervenção homônimo, vem desenvolvendo práticas educativas voltadas para a educação em sexualidade de crianças e adolescentes. Em sua metodologia o projeto visa trabalhar questões relacionadas a auto-estima, projetos de vida e consciência crítica com vistas a deflagrar o processo de formação de “sujeitos sexuais”. A educação em sexualidade é compreendida na perspectiva dos direitos sexuais e reprodutivos e estes como direitos humanos. E mais ainda, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são uma referência nacional que contribuem para materializar o que está expresso no artigo 22 da LDB, que é contribuir para a construção da cidadania. Este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão sobre a proposta metodológica do Projeto Papo Cabeça.
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  • Thomaz Spartacus Martins Fonseca (UFJF)
    Homens no magistério dos anos iniciais do ensino fundamental. Formação e feminização: questões de gênero?
    Compreendendo gênero como uma construção social, a proposta que apresento é discutir, numa perspectiva pós-estruturalista, embasado em estudos de Joan Scott, Guacira Lopes Louro, Marília Pinto Carvalho, Alfredo Veiga-Neto, Michel Foucault, entre outros; a formação de professores para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, contextualizando a escola como instituição disciplinar com origem na modernidade. Busco, também, abordar o cuidar e maternagem de forma a levantar questionamentos acerca da reduzida presença de professores homens neste segmento, sem a pretensão de alcançar verdades ou encerrar o assunto, mas sim, embasado na perspectiva que proponho lançar outras questões, outros olhares, outras dúvidas acerca desta (quase) ausência.
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  • Melissa Colbert Bello (Rede Pública Estadual do Paraná), Dayana Brunetto Carlin dos Santos (UFPR)
    Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es e os desafios na construção de práticas curriculares de enfrentamento ao preconceito e à discriminação no âmbito escolar no Paraná
    Esse artigo analisa a experiência do Curso de Formação Continuada Gênero e Diversidade na Escola – GDE, para professoras/es da Rede Estadual de Ensino do Paraná (2009-2010). Esse curso proposto a todo país pelo Ministério da Educação possibilita a discussão sobre as temáticas de Diversidade Cultural, Gênero, Diversidade Sexual e Relações Etnicorraciais na escola.
    A partir de relatos de tutoras/es do curso e da análise de reflexões postadas pelas professoras/es cursistas esse artigo empreende uma análise preliminar das reflexões e inter-relações estabelecidas entre os conteúdos abordados no curso e a prática escolar cotidiana explicitada pelas/os professoras/es.
    Busca-se explicitar as articulações que as/os professoras/es estabelecem entre as temáticas trabalhadas no curso, as diretrizes curriculares produzidas pela Secretaria de Estado da Educação e as suas próprias convicções, concepções e preconceitos. A partir dos relatos apresentamos algumas categorias que permitem mapear e descrever as concepções de currículo presentes nas escritas dessas/es professoras/es cursistas apontando limites e também possibilidades para a inserção crítica das reflexões de gênero e diversidade sexual na escola.

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