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03. A vida na Diáspora: os efeitos sobre a condição de gênero

Coordenador@s: Eva Alterman Blay (USP), Sylvia Duarte Dantas (UNIFESP)
DIASPORA “Settling of the Jews among various non-Jewish communities after they had been exiled in 538 BC. (Oxford Dictionary).”Dispersão dos judeus…,dispersão dos povos por motivos politicos ou religiosos…” (Aurélio). A imigração forçada, inclusive por razões econômicas, passou a ser sinônimo de diáspora pela sobrecarga de sofrimento que provoca nos imigrantes. Os movimentos migratórios atravessaram séculos. Era comum familias inteiras ou homens sozinhos imigrarem. Nas últimas décadas as mulheres começaram a imigrar sozinhas para o Japão,os Estados Unidos,a Europa, e outros países , deixando as famílias no local de origem e mantendo-as economicamente. Os imigrantes perdem a própria lingua, tem o nome modificado, são afastados do grupo familiar, tem de se adaptar a novos valores, comportamentos e relações sociais. Quais os efeitos desses processos? São diferenciais para mulheres e homens? Há uma perda de identidade? Aumenta a violência de gênero? Ou “a mudança de cultura pode ser a possibilidade de um processo de emancipação feminina” como afirma DeBiaggi? Como estas complexas questões são respondidas pelas pesquisas da Sociologia, Psicologia, Linguística, História, Literatura, e outras áreas? O objetivo deste ST é encontrar as respostas às questões formuladas.

Local: Sala Laranjeira do Centro de Cultura e Eventos

Resumos


24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Marina Mendes de Almeida da Cunha Pignatelli (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - UTL)
    Judeus e judias em Lisboa: as vagas e as tendências
    A actual Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) é composta por membros de diversas origens que foram chegando ao território, em momentos diferentes. Tais vagas migratórias reflectem vários percursos de trânsitos e construções identitárias que moldaram a própria constituição da CIL, ao longo dos tempos. Sendo uma comunidade de diáspora, apresenta características padronizáveis e, ao mesmo tempo, especificidades no que se refere à tensão entre ficar e partir, ser diferente ou partilhar traços culturais da maioria. Através do trabalho de campo, observação participante e entrevistas qualitativas, o estudo permitiu perceber que as estratégias adoptadas pelos membros da CIL traduzem um esforço de integração e, simultaneamente, de preservação de uma identidade judaica. São homens e mulheres socializados nos padrões culturais judaicos, que implicam o desempenho de diferentes papéis sociais tradicionais que se querem ver transmitidos para a sua descendência mas que não são totalmente impermeáveis às influências da maioria envolvente. A análise permitiu também concluir que a afirmação da identidade de género, de parentalidade e identidade judaica, são prioritárias para os membros da CIL. Proponho-me, assim, falar sobre a importância das mulheres e da família no Judaísmo e na CIL.
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  • Clelia Maria Lima de Mello e Campigotto (UFSC)
    Tozai, Tozai: os dekasseguis nos movimentos diaspóricos japonês e brasileiro
    O termo japonês dekassegui designa a pessoa que sai de sua terra natal para trabalhar e nutre esperanças de retorno. Nesse sentido, remete à idéia da saída por um período temporário. O termo, que foi aplicado aos japoneses que vieram para o Brasil desde o início do século 20, hoje faz referência aos brasileiros descendentes de japoneses que, a partir dos anos de 1980, foram para o Japão com esse propósito.
    A proposta é cartografar aspectos diferenciais dos dois fenômenos migratórios dekasseguis: o de japoneses para o Brasil e o de brasileiros para o Japão. Ambos os movimentos, por diversas instâncias, levantaram questões não respondidas sobre cidadania, identidade, nacionalidade, raça e etnicidade. Questões estas que nos incitam a refletir sobre as construções subjetivas de identidades sociais singulares, diferenciadas da brasileira e da japonesa, tanto ao romperem com fronteiras identitárias quanto às redefinições culturais dos espaços sociais como estratégias de sobrevivência.

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  • Raquel Cardoso de Faria e Custódio (UFSC)
    Vaca Brava , Lua Branca, Eleuteria, Cesarina...Paraguaias, alemãs, mestiças...
    As personagens femininas roabastianas são um mundo à parte dentro de sua obra, melhor dizendo , se converte em seu cerne ,desta forma Augusto Roa Bastos constrói mulheres de seu país ,o Paraguai, em um período de total instabilidades, guerras, períodos ditatoriais em que as mulheres nativas são abandonadas por homens e por si mesmas,construindo um país de mulheres sem seus amados ou verdugos, que são deslocadas de um lugar a outro, em uma diáspora interna e externa.
    Entretanto Roa Bastos não deixa de descrever outro grupo que está imbricado ao anterior , que inclui mulheres européias, asiáticas, as “gringas”,que desde amantes de ditadores como a mestiça Madama Sui , ou a pequena alemã Gretchen, já vinda de uma fuga anterior o holocausto, é totalmente absorvida pelo imaginário ribeirinho e se converte em símbolo de resistência .
    Este trabalho pretende delinear os percursos de algumas mulheres roabastianas nativas e estrangeiras, em seus contos e romances , e são em sua maioria ambientadas em um cenário de guerra, pobreza, submissão, prostituição, em um sem fim de circunstâncias muitas vezes subumanas.


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  • Marilda Checcucci G. Da Silva (FURB)
    Entre a visibilidade e a invisibilidade: a trajetória de mulheres alemãs migrantes para Blumenau (SC) no pós-guerra e de como são afetadas pelas relações de gênero
    O artigo descreve e analisa a trajetória de mulheres alemãs, que imigraram no pós-guerra para Blumenau (SC), buscando reconstituírem suas vidas, que se encontravam afetadas pela Guerra de diversas maneiras. A vinda para Blumenau ocorreu em conseqüência da presença de parentes que já se encontravam na cidade, no período anterior à guerra, tendo imigrado em 1850, com a fundação da Colônia Blumenau pelo Dr. Blumenau e povoada com colonos de origem alemã. Lançando mão de várias estratégias, estas mulheres irão ter um papel central na condução de suas vidas no novo território e na de seus descendentes. A pesquisa tem se mostrado importante também por trazer à tona a memória sobre a vida e a trajetória desse tipo de imigrante, uma vez que inexistem pesquisas sobre eles, dando-se visibilidade somente aos imigrantes que vieram para a região com a colonização européia. Trata-se de um estudo de caso, com ênfase na utilização de depoimentos orais.
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  • Ana Maria Coutinho de Sales (UFPB)
    Gênero e o trauma da escravidão: memória diaspórica nos romances de conceição Evaristo e Ezilda Barreto
    O objetivo deste artigo é analisar fragmentos dos romances de Conceição Evaristo e Ezilda Barreto que narram o trauma da escravidão através do cotidiano das mulheres negras marcado pela exclusão, pela ausência dos mínimos requisitos de cidadania e de qualquer sinal de enraizamento identitário. Destacam nas vidas dessas mulheres a trajetória de perdas afetivas, materiais, familiares e culturais. Tais perdas se entrelaçam com os fios da memória da diáspora das mulheres negras que, desterritorializadas, revivem o itinerário do navio negreiro. As autoras denunciam as inúmeras formas de violência que as mulheres negras sofrem, mas ao mesmo tempo revelam como elas fazem da esperança o bilhete de passagem à opressão.
  • Marcelo José Oliveira (UFV)
    Maria
    A presente comunicação é fruto da experiência de três meses de estágio pós-doutoral na Espanha, iniciado em dezembro de 2009, com apoio CAPES. O plano de estudo possibilitou comparar publicações eletrônicas em Ciências Sociais e Aplicadas em Open Access sobre o fenômeno da migração internacional na direção Brasil-Espanha, com foco na conjugação dos temas “trabalho” e “gênero”. O título “Maria” remete a uma personagem brasileira que vem assumindo o status de trabalhadora transnacional: a “empregada doméstica”, de forte traço afetivo e laboral de gênero, oriunda de camadas de baixa renda. Recentemente “Maria” vem seguindo os passos de la nana (trabalhadora doméstica latino-americana de língua espanhola), fazendo carreira nas pontes aéreas internacionais, engrossando os dados sobre emigrantes brasileiros em direção a Espanha. As reflexões sobre esta personagem, para além das que focam suas condições de discriminação como “trabalhadora estrangeira”, correm no sentido de se visualizar certa agência: a da “aventura” que se iniciou como um projeto familiar incerto, que passa a ser um projeto consistente e agora com outras perspectivas de tomada de decisão, de riscos e de experiência de inversão num misto de subalternidade de condições de trabalho e protagonismo transnacional de gênero.
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  • Ana Luisa Campanha Nakamoto (USP)
    De volta para casa? Questões de gênero no retorno de brasileiras e brasileiros do Japão
    Desde a crise econômica japonesa ao final de 2008, o retorno de brasileiras e brasileiros que migraram para o Japão emergiu como tema significativo para entidades nipo-brasileiras e autoridades locais, particularmente em regiões de grande concentração de imigrantes japoneses e seus descendentes. Embora intensificado pela atual conjuntura econômica, o retorno destes indivíduos não é um fenônemo novo. Antes, as “indas” e “vindas” entre o Brasil e o Japão constituem característica específica do sistema migratório em questão, refletindo formas de gerenciar processos de vulnerabilização nas sociedades de origem e destino, bem como a busca por diferentes modos de vida e trajetórias pessoais. Ao mesmo tempo, esta circularidade também contribui para o desenraizamento e manutenção de um senso de transitoriedade nas formas de inserção social, econômica e espacial destes indivíduos em ambos os países. Cabem as seguintes questões: quais os efeitos deste desenraizamento para homens e mulheres? A condição de gênero implica em diferentes significados para o retorno ao Brasil? Homens e mulheres compõe estratégias de reinserção socioeconômica diferenciadas?
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  • Michele Andreza Teixeira Passini (UPF)
    A palavra que me faz outro: questões de subjetividade e interculturalidade
    Dentre os sentidos que ressoam na palavra identidade, encontra-se, além do documento que cada cidadão carrega consigo cotidianamente, materializando um pertencimento a sociedade, a idéia de um conjunto de características que perpassam as imagens que cada um faz de si e do outro. Para Orlandi (2002), as identidades não são fixas, mas encontram-se em constante movência, conforme os deslocamentos de sentidos ocorrem e permitem a esse sujeito se (re)significar a cada experiência. Considerando, conforme afirma Lacan, que o sujeito é um sujeito de linguagem, e é, portanto, constituído na e pela linguagem, percebemos a importância que a ordem do simbólico tem nos processos identificatórios desse sujeito. Nesse sentido, buscamos neste trabalho, refletir acerca de questões de subjetividade daquele que entra em contato com uma língua estrangeira, encontrando-se na urgência de (se) dizer em uma língua que não aquela que lhe constitui, língua do conforto, materna, mas sim, em uma língua opaca e, até então, sem história.
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  • Antonia Dos Santos Garcia (NEIM e OBSERV)
    Relações de gênero, raça e classe na cidade D’oxum: o caso da Educação
    Este artigo resulta dos estudos sobre as relações de gênero, de raça e de classe em Salvador, fazendo um estudo quantitativo e qualitativo, analisando as desigualdades na educação, considerada como importante fator de mobilidade social ascendente. Busca-se de um lado, estudar segregação espacial associada à segregação racial e de gênero, de um lado, e, do outro, analisar como as políticas públicas têm contribuído para superar ou aprofundar esta segregação e desigualdades raciais e de gênero no histórico processo de exclusão de pobres, negros, mulheres, mas, especialmente mulheres negras na cidade.
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  • Sylvia Duarte Dantas (UNIFESP)
    Migração e a possibilidade de resgate da identidade feminina
    Em geral a migração é tratada como um processo que traz vivências de desenraizamtneo e perdas para aquele que migra. Sem contestar tal fato, nossa experiência tanto em pesquisa de campo quanto em atendimentos psicológicos nos mostra que a mudança de cultura pode ser a possibilidade de um processo de emancipação feminina. Este trabalho visa apresentar essa perspectiva. Baseamo-nos na abordagem intercultural em diálogo com a perspectiva psicanalítica e estudos de gênero, a partir de estudos empíricos com mulheres brasileiras em diferentes contextos culturais. Nos baseamos em pesquisas de campo no Brasil (DeBiaggi, 2001), Estados Unidos (DeBiaggi, 1992, 1996, 2002), assim como em pesquisas de intervenção psicossocial, através de atendimentos psicológicos no Serviço de Orientação Intercultural na Universidade de São Paulo (DeBiaggi, 2008). Desta forma pretendemos através deste trabalho elucidar o que significa em termos psicológicos a emancipação da mulher em distintas culturas. Apontamos assim a categoria gênero como dimensão crucial no processo de inserção cultural e de aculturação psicológica de mulheres em novos ambientes culturais e a necessidade de abordarmos a complexidade dessa dimensão nos estudos migratórios.

25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Lucien Macky (SUNY ALBANY, NY - CEN-UFPB)
    Memória diásporica nas narrativas de Conceição Evaristo e Maya Angelou
    Esta pesquisa tem por objetivo analisar a memória diaspórica nas narrativas de Conceição Evaristo e Maya Angelou. O termo Diáspora é utilizado neste trabalho no sentido atribuído por Robin Cohen, ao referir-se ao povo Judeu, como “traumatismo coletivo, de uma situação de banimento onde se sonha com um lar mesmo morando em exílio”. As citadas escritoras sublinham o aspecto de violência aqui incorporada, embora do ponto de vista da história imperial, o modelo de dispersão forçada que foi a mais desumana, consistiu na dispersão de africanos nas Américas. Quais seriam então as implicações da memória traumatizada do povo africano, seus descendentes, durante mais de cinco séculos, quando hoje em dia trata-se de “traveling theory”, referida por Edward Said, dentro de um “ensemble atonal”? Várias são as manifestações desta memória coletiva aqui nestas obras que retratam a discriminação sob vários aspectos em seus lugares de moradia: mulher, negra e minoria. Ou seja, o processo de recordação da memória coletiva deveria necessariamente revestir um suporte da tela individual, dentro de uma realidade constantemente movimentada, invadida pelo racismo, conflitos diversos de gênero, de etnia, de classe social que acabam lesando as identidades. Qual memória para qual identidade?
  • Priscila Campolina de Sá Campello (PUC Minas)
    Mulheres no exílio e suas estratégias de sobrevivência
    No livro "Show and Tell: identity as performance in U.S. Latina/o fiction", Karen Christian (1997, p. 117) afirma que “[a] necessidade de invenção é o legado dos imigrantes, uma vez que o acesso à sua terra natal e à cultura ancestral, que eles consideram como a fonte e fundação de sua história, é limitado ou inexistente”. Partindo dessa afirmação, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar como Laura e Yolanda García, mãe e filha respectivamente, personagens do romance "How the García Girls Lost Their Accents" de Julia Alvarez, inventam atividades manuais e intelectuais como artifícios de sobrevivência ao/no exílio. Se para Laura esta necessidade está diretamente ligada à sua nova posição social nos Estados Unidos, bem diferente daquela anteriormente vivenciada na República Dominicana, para Yolanda ela centra-se na sua condição específica de imigrante fronteiriço que está em busca de identidade e pátria. Percebe-se também, ao longo do texto, uma busca incessante de Yolanda por respostas e meios para lidar com seu sentimento de displaçamento.
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  • Rosalia Estelita Diogo (PUC Minas)
    Paulina Chiziane e Conceição Evaristo: escritas de resistência
    Paulina Chiziane e Conceição Evaristo são duas escritoras negras de origem humilde. Paulina é moçambicana e foi a primeira mulher a escrever um romance em Moçambique. A sua obra é considerada um marco na literatura africana.
    Chiziane desafiou e desafia críticas e resistências sociais e culturais, no seu país, no continente africano e porque não, no Brasil? Conceição Evaristo escreve nos cadernos negros desde a década de 1970 e imprime em sus escrita a condição de desigualdades sociais pelas quais passa a mulher negra no Brasil. O propósito de nossas reflexões é discutir sobre as relações de poder e de gênero em Moçambique e no Brasil, tendo a literatura como meio.
    Pensamos ser fundamental uma elaboração teórica que tente aproximar-se da busca de explicações da realidade social. Estudos esses que investiguem a exclusão e estigmatização do afrobrasileiro.
    O livro "Ponciá Vicêncio" de Evaristo já foi escolhido para a seleção de vestibular da UFMG e outras universidades. A obra narra problemas do cotidiano das mulheres afrobrasileiras sob um ponto de vista claramente feminino e negro num contexto atual.

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  • Renata Farias De Felippe (UFSC)
    Roberto Bolaño e a solidão da permanente travessia
    Roberto Bolaño, autor chileno exilado na Espanha e falecido em 2003, é um dos nomes frequentemente lembrados quando o tema em discussão é a literatura contemporânea, as suas reincidências, os seus contornos incertos. O trabalho em questão pretende, mais do que tratar sobre os contornos da literatura atual, deter-se sobre as marcas autorais de Bolaño no que elas têm de reveladoras sobre a solidão da permanente travessia, seja a mesma geográfica, temporal ou através dos gêneros. Seus personagens, solitários e inadaptáveis, encontram na própria estranheza a força para os seus relatos e, assim, revelam uma outra face da condição de migrante: a de sujeito cuja diferença é a dinamizadora de discursos.
  • Ludimila Moreira Menezes (UnB)
    Triagens em rastros de escrita: Pagu para além da musa e da ninfeta
    A inquietação de Pagu, suas atuações, deslocamentos, transfigurações tracejam as triagens de um sujeito performático que tem em sua ética a forma refletida, assumida pela liberdade. Ao empreender a escrita de uma carta-depoimento em 1940 - subsequente a sua última saída da prisão, das vinte e três imputadas à artista no establishment varguista, identifico um desafio que perpassa toda essa tessitura narrativa: conferir à sua militância uma dimensão estético-política que se desdobra em resistência, jornalismo, literatura. Parto da carta/obra, mas interrogo suas condições de produção como alerta Maingueneau e através da genealogia foucaultiana busco entender os modos de subjetivação de Pagu em sua escrita de si, efeitos de uma prática que rechaça uma teleologia do devir e acena para aquilo que Foucault entende como estética da existência.
  • Regina Ingrid Bragagnolo (UFSC), Adriana Cândido (Unisul)
    Rupturas, gênero e justiça em um estudo de caso de violência conjugal
    Essa pesquisa consiste num estudo de caso com uma mulher que recorre que recorreu ao Serviço de Mediação Familiar no Fórum da comarca de São José. Por se tratar de um caso de violência doméstica, ela foi encaminhada aos atendimentos do projeto de extensão da Unisul junto ao Ministério Público em São José. Dentro desse contexto, trata-se de uma pesquisa empírica, onde utilizamos como principal fonte de pesquisa os diários de campo e as entrevistas com essa mulher. Os diários de campo - realizadas no período de maio de 2009 – tiveram a intenção de retratar o percurso dessa mulher ao recorrer a Lei Maria da Penha. Dessa forma, se problematiza a relação que essa mulher estabelece com a justiça, e suas reflexões acerca da aplicação da Lei, assim como o percurso dela ao lidar com os trâmites legais para se proteger da violência conjugal. Um dos suportes teóricos que mostrou-se pertinente para o delineamento dessa investigação, foram as reflexões das pesquisas feministas, dentre elas Miriam Grossi (1981), Lourdes Bandeira (1995), Eva Blay (2005) sobretudo pelo fato que as violências, que se apresentam de formas diferenciadas, são analisadas como constituintes das relações sociais atravessadas por gênero.
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