26. Feminismos e Diversidade |
Coordenador@s: Giovana Ilka Jacinto Salvaro (UNIBAVE), Jimena Furlani (UDESC) |
A enunciação dos feminismos no presente, ao fazer-se no plural, parte de um princípio de base que funciona como uma alavanca para a sua profusão: o princípio da diversidade.
Ao ancorar a análise da opressão e da desigualdade de género à análise de outras condições constitutivas da identidade (como a etnia, a orientação sexual, a religião, entre outras), os feminismos da actualidade procuram espelhar a complexidade, por via do incitamento à desconstrução de visões simplistas e redutoras da realidade.
Este simpósio temático pretende promover o debate em torno da diversidade dos feminismos actuais, diversidade esta que se caracteriza pela heterogeneidade das temáticas, pela riqueza dos objectos de estudo, pela multiplicidade das metodologias de investigação e de intervenção (académica e social) e pelos diferentes enfoques epistemológicos.
Pretende-se igualmente incrementar a troca de saberes e a partilha de experiências numa lógica interdisciplinar.
Local: Sala 314 do CFH
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Resumos
24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
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Elza Ferreira Santos (IFS)
Entre reconhecimento e distribuição: que caminhos de justiça percorrem as mulheres que ocupam carreiras tradicionalmente masculinas?
Este trabalho parte do conceito de justiça para chegar ao posicionamento que possuem hoje as mulheres diante das conquistas que obtiveram decorrentes de sua inserção no mundo acadêmico e do acesso ao mundo do trabalho. Por que justiça lutam as mulheres? Para tanto, ao trabalhar o conceito de justiça, estamos muito mais preocupadas em entender o que é justo ou injusto, que valores do justo e do injusto foram imputados aos seres humanos que fizeram e fazem com que eles tomem determinadas decisões. Dentro dessa discussão, inevitavelmente, passaremos pelo debate das categorias Reconhecimento e Distribuição. Este trabalho brota, principalmente, dos estudos realizados em torno das Teorias da Justiça Redistributiva e das relações de Gênero e Poder. As discussões levaram-me a pensar sobre a escolha acadêmica que fazem as mulheres ao se matricularem nos Institutos Federais (antigas escolas técnicas), mais que isto, como elas se posicionam diante de cursos que são reconhecidos como tradicionalmente masculinos. Para fundamentar e fomentar a pesquisa, partimos dos estudos de Nancy Fraser, Axel Honneth, Maria Jesús Izquierdo, Otfried Hoffe, Helena Hirata, entre outros.
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Guilherme Saade Floeter (UFSCar)
Novas Masculinidades? Um estudo sobre relações de gênero e sexualidade na UFSCar
Por meio de uma pesquisa empírica realizada entre os alunos e alunas de graduação da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) com a intenção de investigar qual a concepção que estes/as possuem acerca da(s) masculinidade(s) e se esta se modifica a partir da experiência universitária (mudança de cidade, incorporação de tarefas domésticas nas repúblicas e novas sociabilidades), este estudo tem como proposta evidenciar a dinâmica relacional presente na criação das identidades masculinas como hegemônica, ou seja, o modelo socialmente imposto e esperado de masculinidade, e essas masculinidades outras subordinadas a ela, que podemos chamar de subalternas. Com a incorporação do conceito de Sexualidade proposto por Michel Foucault (2005) ao conceito de Gênero, e a partir das contribuições da Teoria Queer, a análise foca nos processos normalizadores que as criam como tais, para assim compreender se as mudanças no ideal de masculinidade hegemônica que são interpretados como uma suposta crise da mesma caminham no sentido de uma relação mais igualitária entre os gêneros e as sexualidades, ou se não passam de novas articulações do poder que ainda manterão intactos o sexismo e a homofobia.
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Josiane Vian Domingues (FURG), Méri Rosane Santos da Silva
Body modification em Rio Grande: condutas no jogo dos corpos femininos
Com esse trabalho, busco estabelecer uma possibilidade, entre outras tantas, de analisar como algumas mulheres produzem as suas feminilidades com a utilização das técnicas do body modification, concentrando nas expressões que afirmam os valores e códigos considerados femininos contidos em tais práticas. Desenvolvi essa pesquisa através da vertente pós-estruturalista dos Estudos Culturais, mais especificamente, utilizando elementos do método cartográfico, onde, no primeiro momento, realizei um diálogo com autores que se aprofundam nas questões da corporeidade, gênero e body modification. Em seguida, fiz um mapeamento na cidade de Rio Grande (RS) das mulheres que utilizam tais técnicas, nos meses de novembro de 2008 a março de 2009, onde pude discutir como são produzidas essas feminilidades. Enfim, enquanto determinadas técnicas estão ligadas ao que é associado ao gênero feminino, outras técnicas, no entanto vem se opondo, no sentido de produzir uma contraconduta ao modelo que é legitimado pela sociedade do que é um corpo feminino.
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Marcos Fernandes Brum da Silva (ENCE/IBGE), Aída C.G. Verdugo Lazo
Dinâmica da nupcialidade, gênero e trabalho feminino
Quando tocamos na temática da nupcialidade é inevitável que uma das discussões atreladas a ela diga respeito às questões de gênero e família. Na demografia, o gênero firma-se como uma das principais teorias para explicar as mudanças nos padrões de comportamento familiar, assim como as transformações por que vem passando a dinâmica da nupcialidade.
Utilizaremos os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 1996 e 2006, dada a riqueza de informações desta em relação à conjugalidade feminina, a despeito da escassez de dados nos Censos, assim como nas PNADs.
A proposta deste estudo é explorar as tendências da nupcialidade entre 1996 e 2006 relacionando-as a características ligadas ao empoderamento da mulher e às relações de gênero. Em relação ao empoderamento feminino, explora-se sobre o trabalho da mulher e sua situação conjugal de acordo com a idade, anos de estudo, ocupação, entre outras. Para a discussão de gênero mais especificamente, analisa-se a questão disponível nas PNDS que informa quem decide sobre o uso do dinheiro que a mulher ganha, tendo como alternativas ela própria, seu companheiro ou esposo, ambos ou outro. Tal questão é importantíssima para se observar de que modo as relações de gênero se estabelecem e como vem se alterando neste período.
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25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
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Jussara Carneiro Costa (NEIM - UFBA)
Entre o feminino e o masculino, a recusa ao heterossexismo: aspectos do discurso sobre a diferença no feminismo lesbiano
Os deslocamentos (epistemológicos, teóricos e políticos) ocorridos no feminismo, em suas várias expressões, tem reconhecido no heterossexismo um sistema normativo responsável por diversas interdições às mulheres. Contudo, o campo da sexualidade afirma-se ainda como lócus de resistência do binarismo no âmbito do feminismo, sobretudo no tocante a lesbianidade, ao se associar determinadas performances adotadas pelas lésbicas à reprodução do heterossexismo. O presente trabalho problematiza aspectos do discurso feminista lesbiano acerca do masculino e feminino nas suas interações com o heterossexismo e a heteronormatividade, atentando para necessária (re)leitura sobre processos de outorga e instituição de poder associado ao masculino; dos mecanismos de subversão e desestabilização do sentido unívoco do masculino e feminino, possíveis pela apropriação mimética de signos que caracterizam masculinidade e feminilidade. Explora ainda a importância política de tais aspectos, enfocando as possibilidade que abrem para o debate sobre o tema do poder nas relações afetivas e na apropriação do próprio corpo pelas lésbicas; na reafirmação da diversidade e diferença como categorias epistêmicas e políticas para o feminismo.
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Aline da Silva Piason (PUC - RS), Marlene Neves Strey (PUC - RS), Ana Luiza dos Santos Julio (PUC - RS)
Mulheres que amam mulheres: trajetórias e vivências nas militâncias feministas
Este trabalho refere-se a uma pesquisa de doutorado, que propõem investigar como as mulheres, que se auto-identificam enquanto lésbicas e que participam de movimentos feministas, estão se mobilizando no interior desses movimentos sociais, na busca de inserção de suas reivindicações e aquisição de seus direitos nas políticas públicas para as mulheres. No intuito de alcançar os objetivos propostos, essa pesquisa está sendo desenvolvida por meio de um delineamento misto, com abordagem qualitativa e quantitativa, a partir do enfoque nos estudos feministas de gênero. As participantes desse estudo são mulheres, com idades acima de 19 anos, que se auto-identificam como lésbicas e que participam ativamente de militâncias feministas e movimentos sociais no Brasil. A coleta de dados que constitui o corpus da pesquisa está sendo realizada por meio de quatro etapas: estudo documental; estudo qualitativo; elaboração de questionário para estudo qualitativo/ quantitativo; e aplicação de questionário de âmbito nacional. A aplicação do questionário, que compreende a quarta fase desta pesquisa, conta com a colaboração das organizações e movimentos de feministas Lésbicas. O material da pesquisa está sendo analisado de acordo com cada fase do processo.
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Cristiana Pena (Universidade Aberta), Teresa Joaquim
Novas cartas portuguesas: o feminismo português na trajetória dos feminismos transnacionais
Durante a década de 1970, a censura do livro Novas Cartas Portuguesas (1972) e do julgamento das escritoras Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, captou não só a atenção dos média portugueses e internacionais mas mobilizou também grupos feministas americanos e franceses, e intelectuais de todo o mundo.
Esta comunicação pretende analisar o contributo do livro Novas Cartas Portuguesas e do julgamento para a emergência, ou não, duma corrente feminista radical em Portugal e o inicio do ativismo feminista transnacional de segunda vaga.
Orientado por uma perspectiva crítica feminista, pós-estruturalista, este estudo considera a censura das Novas Cartas e o processo judicial como dois momentos onde as agendas feministas e as políticas do Estado lutaram pelo controlo da representação, da linguagem, dos corpos e, consequentemente, das subjetividades.
As entrevistas às protagonistas Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Madalena Barbosa, ajudam-nos a conhecer melhor a complexidade deste processo e a concluir que a publicação das Novas Cartas e o julgamento foram determinantes para abalar o regime ditatorial e para inscrever o feminismo português na trajetória dos feminismos transnacionais.
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Julia Paiva Zanetti (Observatório Jovem do Rio de Janeiro- UFF / Colégio Pedro II)
Jovens Feministas: um estudo sobre a participação juvenil no feminismo do Rio de Janeiro
Apesar do feminismo ter contado sempre com jovens militantes, só recentemente a identidade juvenil passou a ser reivindicada dentro do movimento, gerando novas discussões e, por vezes, a criação de espaços específicos dentro do movimento. O presente trabalho propõe-se a compreender como se constitui a identidade jovem feminista e analisar sua inserção contemporânea no movimento feminista da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Para isto, foram utilizadas como estratégias metodológicas: levantamento bibliográfico, observação de atividades do movimento, análise de alguns documentos e entrevistas semi-estruturadas com quatro jovens e duas adultas militantes feministas. Os principais traços comuns encontrados entre as jovens entrevistadas são a forte referência na figura materna e a inserção das jovens em ONGs e/ou outros movimentos como caminhos de aproximação ao feminismo, do qual não tinham uma boa imagem. Verificou-se também que mais do que apresentar novas pautas, as jovens demandam um recorte geracional de questões já defendidas pelo movimento. Em relação aos espaços específicos de juventude dentro feminismo, apenas uma das jovens não os considera necessários. As relações intergeracionais são percebidas de diferentes formas pelas entrevistadas.
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26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
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Claudia Pons Cardoso (UNEB / UFBA)
Feminismo negro através da narrativa oral: o ponto de vista das mulheres negras brasileiras
O trabalho aborda os movimentos de significação da cultura negra e de negociação identitária operados por mulheres negras ativistas brasileiras na articulação de um ponto de vista próprio, base de sustentação para a elaboração de um feminismo negro, abrindo, assim, espaços de atuação para as mulheres negras, a partir do desenvolvimento de ações e estratégias de confronto de poderes em diferentes campos da vida social.
Como chave de leitura do protagonismo político das mulheres negras e para a valorização de suas experiências na luta contra o sexismo e o racismo no país recorre-se, de um lado, às teorias feministas, em especial ao feminismo negro, e, de outro, à concepção epistemológica da produção historiográfica africana sobre tradição oral. A tradição oral, nesta acepção, é percebida como tradição cultural e respeito à ancestralidade, ou seja, concepção de mundo, abarcando valores e saberes. Ela permite àquelas/es formadas/os sob tal perspectiva desenvolver uma consciência de seu papel político e importância para sua comunidade.
A pesquisa é desenvolvida a partir de entrevistas realizadas com ativistas negras de vários estados do Brasil e detentoras de diferentes trajetórias de atuação na sociedade no campo feminista.
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Catiane Cinelli (UNIJUI), Isaura Isabel Conte (UNIJUI)
Mulheres camponesas construindo sua identidade feminista
Elucidar a presença das mulheres na história e a possibilidade de elas adquirirem consciência crítica tem sido um exercício constante no Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). Em um processo histórico de organização, lutas e conquistas, elas despertam e sentem-se sujeitas de suas próprias vidas. Reconstroem conceitos e identidades desenvolvidas pelo sistema patriarcal e questionam as desigualdades estabelecidas como normalidade. Em luta, buscam negar e superar a cultura que as colocou como inferiores ao passo que fazem proposições à sociedade ancoradas pelo feminismo. Este artigo é baseado em pesquisas bibliográficas e de campo, com entrevistas a quatro mulheres militantes do MMC em Santa Catarina. Evidencia-se que por meio da atuação no Movimento, as mulheres conseguem ampliar suas percepções e entender que outras mulheres de outras profissões são igualmente oprimidas e exploradas e, por isso, assumem a luta contra o capital e o patriarcado. Esse modo de pensar diferente que vai se dando a partir da militância faz com que as mulheres desenvolvam em suas relações cotidianas aquilo que chamam de novas relações de gênero e acreditam na construção de uma “nova sociedade”.
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Giovana Ilka Jacinto Salvaro (UNIBAVE), Mara Coelho de Souza Lago (UFSC), Cristina Scheibe Wolff (UFSC/CNPq)
Mulheres camponesas, identidade política e normas de gênero
Este texto tem como objetivo apresentar discussões sobre a construção da identidade política “mulheres camponesas”, na interface com normas de gênero, a partir de reflexões teórico-metodológicas elaboradas por Judith Butler, Joan Scott, Rosi Braidotti, Nancy Fraser, Chantal Mouffe e Michel Foucault. Integra as discussões produzidas na pesquisa de doutorado sobre o Movimento de Mulheres Camponesas de (em) SC, desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina. A pesquisa utilizou o modelo etnográfico, com a realização de entrevistas, o acompanhamento e observação das atividades promovidas pelo movimento social. Realizando também uma análise de documentos produzidos pelo movimento no âmbito de sua trajetória de lutas. É possível observar que as lutas de gênero são feitas em nome de determinado grupo e a construção de uma identidade política comum evidencia a valorização de um “princípio” ou “essência feminina”.
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Benedita Aguiar Ferreira (UFPB), José Vaz Magalhães Neto (UFPB)
Teologia feminista e os discursos de resistência ao poder hierárquico
Apresentam-se os resultados parciais de uma análise dos discursos das teólogas feministas Ivone Gebara e Ivoni Reimer que resistem ao poder hierárquico e questionam a identidade feminina construída nas instituições religiosas cristãs. Verificamos que os discursos autoritários religiosos, radicados nas estruturas sócio-culturais, reproduzem um sistema de dominação cada vez mais excludente das mulheres. A categoria de gênero entra como instrumental de análise ajudando a entender a construção das identidades feminina e masculina no contexto sócio-religioso. Recorremos aos estudos feministas e às contribuições da Análise Crítica do Discurso na identificação das ideologias e relações de poder contidas nas práticas discursivas sociais. Verificamos como as teólogas referidas vêm desenvolvendo um trabalho pastoral dentro da perspectiva de gênero, seus recuos e avanços e as suas estratégias discursivas de emancipação, bem como as possibilidades de interação entre a Análise Crítica do Discurso e a Teologia Feminista.
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Adriana Almeida Camilo (UnB), Maria Cláudia Santos Lopes de Oliveira
Narrativas identitárias e coletivos autônomos feministas
O presente trabalho tem como objetivos: (1) interpretar as trajetórias de desenvolvimento de jovens inseridas no contexto de coletivos autônomos feministas que promovam ações afirmativas de combate a discriminações motivadas por identidade sexual e de gênero; (2) identificar como essas jovens constroem significações acerca de si, do mundo e de suas ações sociopolíticas por meio de narrativas; (3) identificar as especificidades das ações afirmativas empreendidas por essas jovens e seus grupos. Partimos de uma perspectiva que considera o desenvolvimento da (o) jovem em contexto sócio-cultural e que preconiza tanto a unidade quanto a multiplicidade do self; as continuidades, assim como as transformações, em uma rede dialógica e narrativa de significados. A construção das informações inclui: (a) 16 meses de observações etnográficas das interações, em distintos espaços de ação sociopolítica; (b) análise de documentos dos três grupos selecionados; (c) entrevistas autobiográficas com 02 participantes. As narrativas construídas no contexto interacional da pesquisa subsidiaram as micro análises dos fluxos de posicionamentos identitários, indicando conexões entre a inserção nos coletivos autônomos feministas e ressignificações das formas de vivenciar as identidades de gênero e sexual.
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